As denúncias apontam para pagamento de propina mensal de até R$ 30 mil (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 16h22.
São Paulo - O policial Gilson Iwamizu dos Santos se apresentou na manhã desta quarta-feira, 17, na sede da corregedoria da Polícia em São Paulo.
Ele é o 8º policial detido por ligação com o suposto esquema de cobrança de propina de traficantes envolvendo o Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). A investigação é conduzida pelo Ministério Público (MP) do Estado.
Continuam foragidos cinco policiais que, segundo as investigações, cobravam de traficantes da favela do São Fernando, em Campinas, para que pudessem trabalhar livremente. O MP continua ouvindo nesta tarde um delegado preso na operação.
O caso
As prisões dos policiais investigados por achaque a traficantes e vazamentos de inquéritos começaram na segunda-feira, 15, na capital paulista e em Campinas.
A maioria é integrante ou ex-funcionário do Denarc. As denúncias apontam para pagamento de propina mensal de até R$ 30 mil. Após a operação, que incluiu a maior devassa no departamento desde 1987, a Secretaria da Segurança destacou que o Denarc será reformulado.
Dois dos presos eram delegados do departamento: o supervisor da Unidade de Investigações (responsável pelo setor de inteligência), Clemente Castilhone Junior, e Fábio Amaral de Alcântara, da 3.ª Delegacia de Apoio.
Foram expedidos 13 mandados de prisão contra policiais - 11 em São Paulo e 2 em Campinas, onde começou a investigação, com base em escutas de traficantes feitas a pedido do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.