Uma testemunha identificada no local afirmou às autoridades que Nicolas Kovaleski, de 16 anos, teria feito um chamado de socorro ao Samu antes de morrer dentro da BMW (Felipe Sales/NSC TV/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 2 de janeiro de 2024 às 16h41.
Última atualização em 2 de janeiro de 2024 às 16h52.
A Polícia Civil de Santa Catarina investiga se o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deixou de atender pedido de socorro feito por um dos quatro jovens que morreram asfixiados dentro de uma BMW em Balneário Camboriú. As investigações apontam que uma customização no cano de escape teria jogado o monóxido de carbono para dentro do veículo, o que levou à intoxicação. O Samu nega as acusações.
Uma testemunha identificada no local afirmou às autoridades que Nicolas Kovaleski, de 16 anos, teria feito um chamado de socorro ao Samu antes de morrer, que não teria sido atendido. Ela disse conhecer os jovens e que teria viajado de ônibus de Minas Gerais a Santa Catarina para encontrar familiares e amigos para passar a virada de ano em Balneário Camboriú.
De acordo com o delegado plantonista Bruno Effori, que acompanhou o andamento inicial do caso, a suposta ligação é investigada pela Polícia Civil, que requisitou ao órgão o histórico de chamadas feitas na madrugada desta segunda-feira, dia 1º.
Em nota, o Samu negou ter recebido ligação com o nome de Nicolas ou referente à intoxicação entre 0h e 7h do dia 1º de janeiro, e que o primeiro chamado foi registrado às 7h21. O serviço informou que a equipe de Unidade de Suporte Avançado (USA) teria chegado ao local 8 minutos depois, quando constatou que os quatro jovens estavam dentro do veículo em parada cardiorrespiratória. Eles afirmam que tentaram reanimar as vítimas no local, com o apoio de uma Unidade de Suporte Básico (USB) e dos Bombeiros, sem sucesso.
O Samu afirma que as causas das mortes estão sendo investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).