Festa do dia anterior à tragédia, na boate Kiss: sobreviventes estão sendo buscados nas redes sociais pela polícia civil para que possam depor oficialmente (Divulgação/Facebook)
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 10h54.
São Paulo - Para esclarecer a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul está buscando o depoimento de testemunhas nas redes sociais. A equipe de inteligência da corporação faz uma varredura na internet para filtrar o enorme conteúdo que vem sendo publicado em redes como Twitter e Facebook.
A polícia quer encontrar a versão de sobreviventes para montar o quebra-cabeças do incêndio.
"A partir de hoje vamos concentrar esforços ao máximo em ouvir as pessoas que se encontravam no momento do fogo. A inteligência do delegado Emerson Wendt (especializado em crimes cibernéticos) fez rastreamento na internet, especialmente nas redes sociais, já que vários postaram mensagens. Está sendo feita uma triagem, uma identificação para que elas tragam formalmente seus relatos", afirmou em coletiva na manhã de hoje o delegado Sandro Meinerz, um dos responsáveis pelas investigações.
Segundo Meinerz, a polícia civil se preocupou ontem, dia da tragédia, em fazer a identificação das vítimas e auxiliar o trabalho de resgate dos bombeiros.
Hoje, será reforçado o trabalho - já iniciado no domingo - de escutar as testemunhas para chegar à responsabilização do incêndio.
Por isso, a polícia pediu e a justiça concedeu a prisão provisória de 4 pessoas. Embora não confirmado oficialmente, é provável que se trate dos donos da boate Kiss e de dois músicos que tocavam no local na madrugada de ontem.