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Polícia busca responsáveis por pintar monumentos em SP

Um dos cartões-postais da cidade, a obra amanheceu hoje (30) com três faixas coloridas em quase todos os seus mais de 40 metros de extensão


	SP: os funcionários da prefeitura que tentavam remover a pigmentação usada na ação interromperam os trabalhos para dar espaço à perícia
 (Rovena Rosa / Agência Brasil)

SP: os funcionários da prefeitura que tentavam remover a pigmentação usada na ação interromperam os trabalhos para dar espaço à perícia (Rovena Rosa / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2016 às 12h51.

São Paulo - A Polícia Civil está recolhendo informações para identificar o responsável por jogar tinta no Monumento às Bandeiras, no Parque Ibirapuera, zona sul paulistana.

Um dos cartões-postais da cidade, a obra do artista Victor Brecheret amanheceu hoje (30) com três faixas coloridas em quase todos os seus mais de 40 metros de extensão.

No final da manhã, os funcionários da prefeitura que tentavam remover a pigmentação rosa, amarela e verde usada na ação interromperam os trabalhos para dar espaço à perícia policial.

Agentes da 1ª Delegacia de Crimes Ambientais estavam no local fotografando o monumento e aguardando a chegada dos peritos.

A Guarda Civil Metropolitana colabora com as investigações e deve fornecer as imagens das câmeras de segurança instaladas no local.

Também sofreu ação semelhante a estátua em homenagem ao bandeirante Borba Gato, na Avenida Santo Amaro, também na zona sul paulistana.

Em nota, a prefeitura diz que “foi surpreendida com pichações no Monumento à Bandeira e a estátua de Borba Gato nesta manhã”. Segundo o comunicado, “equipes da subprefeitura trabalham, desde as primeiras horas do dia, na limpeza dos equipamentos”.

Obras

O Monumento às Bandeiras foi inaugurado em 1953, a partir do projeto do escultor Victor Brecheret elaborado em 1920. Com 43 metros de extensão, 11 de altura e oito de profundidade, a obra em granito retrata um grupo de bandeirantes empurrando uma canoa para fora d'água, sendo liderados por dois cavaleiros.

São retratados índios, negros e portugueses trabalhando em conjunto, apesar das bandeiras terem sido expedições destinadas a buscar minérios preciosos, escravizar os povos indígenas e destruir núcleos de resistência de ex-escravos negros – quilombos.

Com 13 metros de altura, a estátua de Borba Gato foi inaugurada em 1963. O escultor Julio Guerra levou seis anos para concluir o projeto que consiste em uma estrutura de concreto revestida com um mosaico tridimensional de pedras coloridas de basalto e mármore.

O personagem do século 17 é retratado com um rifle em posição de descanso e olhar no horizonte.

Borba Gato é famoso pelo assassinato de Rodrigo de Castel Blanco, à época administrador-geral das minas, na região onde hoje é Minas Gerais.

Após a fuga para escapar da punição por seu crime, descobre importantes jazidas de ouro. Ao informar a localização das riquezas à Coroa Portuguesa, acaba perdoado pela morte do administrador.

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