Luiz Mandetta: ministro da Saúde atualizou o número de casos no Brasil neste domingo (Michel Jesus/Agência Câmara)
Lucas Agrela
Publicado em 22 de março de 2020 às 17h46.
Última atualização em 22 de março de 2020 às 17h51.
Em pronunciamento ao vivo via internet na tarde deste domingo (22), o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que, apesar de ainda serem necessários mais estudos sobre a cloroquina para o tratamento da doença causada pelo novo coronavírus, o Brasil poderá produzir o medicamento.
“Temos condição de fornecer o medicamento para todo o país e ainda exportar. Esperamos qual será o protocolo, se serão usados apenas por pacientes internados ou não, por exemplo”, afirmou o ministro.
O Ministério da Saúde já monitorava o medicamento desde que o primeiro estudo sobre ele no tratamento da covid-19 foi publicado, em fevereiro deste ano. “Ainda são apenas indícios positivos que temos sobre o medicamento, não sabemos se ele foi decisivo para o tratamento da covid-19. Há uma pressão grande pela utilização, mesmo sem os devidos testes“, disse. Profissionais de saúde e pacientes graves poderão receber tratamento com o medicamento.
A Prevent Senior e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein anunciaram que farão testes com pacientes graves nos próximos dias usando cloroquina e hidroxicloroquina, com o devido consentimento dos familiares.
O medicamento deve ser administrado por médicos, pois tem efeitos colaterais que podem ser muito mais danosos do que a covid-19, ressaltou o ministro. O ministério alertou contra a automedicação e informou que o remédio não deve ser usado de forma preventiva.
“Por termos uma população mais jovem do que os países da Europa, o impacto da doença será menor. A grande maioria das pessoas que tiverem sintomas terão sintomas leves e uma minoria terá necessidade de internação”, afirmou.
O ministro da Saúde também atualizou os números de casos de covid-19 no Brasil, que chegaram a 1.546 neste domingo, com 25 mortes no país.