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Podemos comunica que não vai participar do governo Lula

Integrantes da partido disseram que preferem manter a independência na Câmara e no Senado

Plenário do Senado Federal: Lula contará com um Senado menos alinhado a ele do que nos governos anteriores. Construção da base de apoio no Parlamento é essencial (Ana Volpe/Agência Senado)

Plenário do Senado Federal: Lula contará com um Senado menos alinhado a ele do que nos governos anteriores. Construção da base de apoio no Parlamento é essencial (Ana Volpe/Agência Senado)

AO

Agência O Globo

Publicado em 28 de dezembro de 2022 às 12h25.

Última atualização em 28 de dezembro de 2022 às 13h41.

Representantes da bancada do Podemos na Câmara informaram ao futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em reunião encerrada no começo da madrugada desta quarta-feira, que não vão compor a base do novo governo, em um primeiro momento.

O partido pretende manter a independência tanto na Câmara como no Senado. Em conversas com petistas, o Podemos havia recebido a sinalização de que poderia ficar com o Ministério do Turismo.

A legenda, porém, decidiu recusar a oferta e respondeu que não pretende ocupar postos no primeiro escalão. Representantes do Podemos dizem que houve incômodo com os petistas, que teriam tratado o partido como mais uma sigla fisiológica.

O Podemos, que chegou a lançar no começo do ano a pré-candidatura presidencial do ex-juiz Sergio Moro, vive uma divisão interna, com parlamentares do Nordeste mais próximos ao PT. Já os deputados de outras regiões rejeitam uma aproximação com o governo Lula.

Na próxima Legislatura, o Podemos, que incorporou o PSC, terá 16 deputados federais e seis senadores.

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