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Pobreza extrema será erradicada em 2020, diz cientista política

Para Sonia Fleury, é preciso dar mais atenção às políticas universais de saúde e educação

Professora acredita que Dilma comandará o país numa situação mais sustentável (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Professora acredita que Dilma comandará o país numa situação mais sustentável (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 15h44.

Las Palmas, Espanha - A pobreza extrema no Brasil será erradicada em 2020, após ter diminuído em 45,5% durante o Governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2009), afirmou a cientista política Sonia Fleury, conselheira do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

A professora Sonia Fleury, que também participou nesta quinta-feira do segundo dia de eventos do 4º Seminário de Pensamento Atlântico, que ocorre até sexta-feira em Las Palmas de Gran Canaria (Espanha), intitulado "América Latina, laboratório mundial".

Segundo ela, as políticas públicas impulsionadas nos últimos anos para construir um sistema universal de saúde, aumentar o valor da previdência com a alta do salário mínimo e criar o programa Bolsa Família para a população mais pobre impactaram na redução da pobreza e no aumento da classe média, que cresceu entre 34% e 38% no Governo Lula.

Ela explicou que o crescimento da classe média é um fenômeno de ascensão social muito forte e considerou que as políticas públicas no Brasil dos últimos anos tiveram resultados efetivos na redução da pobreza, mas não se traduziram em uma significativa redução da desigualdade.

Por isso, segundo ela, é preciso "dar mais atenção às políticas universais de saúde e educação".

De qualquer maneira, a professora ressaltou que, atualmente, de cada dez idosos, oito estão cobertos com aposentadorias contributivas ou não-contributivas.

A cientista política indicou que o Brasil registra uma taxa de desemprego de 6%, o que representa uma situação de quase "o pleno emprego".

Com uma economia que cresce a um ritmo de 5% e a quitação da dívida externa que mantinha com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil, apesar de ter "uma taxa de juros muito alta e uma moeda sobrevalorizada", caminha em uma direção "muito mais sustentável" que outra nações da Europa, declarou Sonia Fleury.

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