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PMs entram em igreja e lançam bombas de gás contra manifestantes

Os PMs se posicionaram no segundo andar do prédio histórico e jogaram bombas contra manifestantes que estavam reunidos em frente à Alerj

Rio: a Polícia Militar informou que "foi necessário que policiais do Batalhão de Choque entrassem na Igreja São José para coibir a ação de manifestantes violentos" (Agência Brasil)

Rio: a Polícia Militar informou que "foi necessário que policiais do Batalhão de Choque entrassem na Igreja São José para coibir a ação de manifestantes violentos" (Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 19h05.

Rio - Policiais militares do Batalhão de Choque usaram a Igreja São José, ao lado da Assembleia Legislativa, para lançarem bombas de gás contra manifestantes que estavam reunidos em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Os PMs se posicionaram no segundo andar do prédio histórico, que teve origem numa ermida de 1608.

"Nunca presenciei agressão como a que vi. Eles chegaram a usar a Igreja como esconderijo para surpreender as pessoas que ali estavam para reivindicar seus direitos e dignidade", disse uma servidora, que não quis se identificar.

Segundo ela, os manifestantes corriam sem direção, sem saber de que lado partiam os disparos.

A Arquidiocese do Rio de Janeiro informou que vai apurar o fato. Em nota, defendeu que "soluções sejam buscadas através do diálogo e do esforço de todos, em vista da justiça e da paz."

Em nota, a Polícia Militar informou que "foi necessário que policiais do Batalhão de Choque entrassem na Igreja São José para coibir a ação de manifestantes violentos no interior e no entorno da Igreja".

De acordo com a PM, do segundo andar do prédio, os policiais tiveram "a visualização da manifestação".

Segundo a PM, o confronto ocorreu depois de "discurso inflamado" de uma das lideranças.

"Manifestantes investiram contra as grades de proteção da Alerj, com lançamento de bombas de fabricação caseira, rojões e morteiros. Essa ação feriu doze policiais militares em serviço", diz o texto.

Os confrontos perderem força na última hora, mas ainda há polícia na rua e vias como a Rio Branco, Primeiro de Março e Rua da Assembleia continuam interditadas.

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