Investigação: o Ministério Público diz que os policias atiraram porque acharam que eles eram criminosos (Rômulo Vidal/PMERJ/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 4 de abril de 2018 às 13h46.
Os quatro policiais militares acusados de assassinar cinco jovens em Barros Filho, no subúrbio do Rio, depois de fuzilarem o carro onde estavam em novembro de 2015, irão a júri popular no próximo dia 25, às 9h. Antonio Carlos Gonçalves Filho, Fabio Pizza Oliveira da Silva, Thiago Resende Viana Barbosa e Marcio Darcy Alves dos Santos foram denunciados por cinco homicídios, duas tentativas de homicídio, fraude processual e posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, os policiais, com vontade livre e consciente de matar, efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra o carro onde estavam as vítimas Wilton Esteves Domingos Júnior, Roberto de Souza Penha, Carlos Eduardo da Silva de Sousa, Wesley Castro Rodrigues e Cleiton Correa de Souza, na comunidade da Lagartixa.
Outros dois jovens, Wilkerson Luis de Oliveira Esteves e Lourival Júnior, que acompanhavam, de moto, o carro alvejado e que também foram alvos de disparos, conseguiram escapar com vida.
O Ministério Público diz que os policiais, do Batalhão de Irajá (41º BPM) atiraram nos jovens, porque acharam que eles eram criminosos e que, por isso, mereciam ser exterminados. Depois do crime, os policiais alegaram, falsamente, que tinham sido alvejados pelos ocupantes do carro e alteraram a cena do crime, colocando, inclusive, uma arma de fogo na mão de uma das vítimas.