Brasil

PMDB, PSD e DEM entram na disputa por Ministério das Cidades

O cargo na Pasta ficou vago após Bruno Araújo (PSDB) pedir demissão, alegando não possuir mais apoio interno em seu partido para permanecer no cargo

Bruno Araújo: o comando de Cidades era cobiçado antes mesmo da saída de Araújo (Agência Brasil/Agência Brasil)

Bruno Araújo: o comando de Cidades era cobiçado antes mesmo da saída de Araújo (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 19h38.

Brasília - Outros três partidos da base aliada entraram na disputa com o PP pelo comando do Ministério das Cidades, após a saída do tucano Bruno Araújo (PSDB-PE) nesta segunda-feira, 13.

Políticos do PMDB, PSD e DEM começaram a se articular para indicar um nome ligado às suas respectivas legendas.

Apesar de estar em 11º lugar no ranking de orçamento da Esplanada (R$ 10,1 bilhões), a pasta comanda programas com impacto direto nas bases eleitorais, como construção de moradias, redes de esgoto e transporte urbano.

O cargo de ministro das Cidades ficou vago após Araújo pedir demissão, alegando não possuir mais apoio interno no PSDB para permanecer no cargo.

Visando às eleições do próximo ano, o partido já anunciou que deve desembarcar oficialmente do governo Michel Temer em breve. A sigla ainda comanda Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos.

O comando de Cidades era cobiçado antes mesmo da saída de Araújo. Com a demissão, porém, a pressão aumentou. Vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado Carlos Marun (MS) já colocou seu nome para a vaga.

Ele ressaltou que tem experiência na área, por ter sido secretário estadual de Habitação.

Na bancada do PSD, parlamentares defendem o nome do ministro Gilberto Kassab, hoje na Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, para o cargo.

Partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), o DEM também pleiteia o comando da pasta. "É uma disputa natural e legítima, por ser um ministério que gera uma pauta positiva nos Estados", disse o líder do partido na Câmara, Efraim Filho (PB).

Ele ressalta que o partido tem expertise na área, pois comanda secretarias estaduais de Habitação em São Paulo e no Paraná.

A avaliação nos demais partidos da base aliada é de que, se Temer der o comando de Cidades para o PP, o partido ficará super-representado.

Dona da quarta maior bancada da Câmara, com 45 deputados, a sigla já comanda atualmente o ministério da Saúde, que tem um dos maiores orçamentos do governo, da Agricultura e a Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo financiamento na área de habitação.

O PP trabalha hoje com dois nomes técnicos para indicar para Cidades. O preferido é o de Gilberto Occhi, atual presidente da Caixa e que já comandou a Pasta entre março de 2014 e abril de 2016, durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O outro nome é o do economista Carlos Vieira, que já foi secretário-executivo de Cidades e do ministério da Integração Nacional.

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final