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PMDB ocupa Palácio do Planato e tem ministro com 2 gabinetes

O partido vem aos poucos transferindo seu centro de operações políticas da Vice-Presidência ao 4º andar do Palácio do Planalto


	Eliseu Padilha: desde a semana passada, ele despacha no gabinete, tornando-se um caso raro de "ministro de dois gabinetes"
 (Divulgação)

Eliseu Padilha: desde a semana passada, ele despacha no gabinete, tornando-se um caso raro de "ministro de dois gabinetes" (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2015 às 09h44.

Brasília - Desde que Michel Temer assumiu a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), o PMDB vem aos poucos transferindo seu centro de operações políticas da Vice-Presidência para o quarto andar do Palácio do Planalto, algo inédito na era petista.

Parte da estrutura está sendo substituída e o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, desde a semana passada, despacha no gabinete, tornando-se um caso raro de "ministro de dois gabinetes".

Além de cuidar dos aeroportos brasileiros - como fez na manhã de quarta-feira, 29, em seu gabinete oficial, no Setor Comercial Sul de Brasília, a 4,5 quilômetros do Palácio do Planalto - Padilha, quando passa a cuidar da coordenação política e mapear os cargos de segundo e terceiro escalões para distribuir aos correligionários, atravessa a Esplanada para despachar no quarto andar do Palácio do Planalto, acima do gabinete da presidente Dilma Rousseff.

Ou então na Vice-Presidência, ao lado de Temer, no prédio anexo ao Planalto. Questionado sobre seu gabinete no Palácio, Padilha disse: "Despacho de todos os locais, fazendo o que posso para ajudar".

O Ministério das Relações Institucionais tem pouco mais de 100 cargos comissionados para serem ocupados pelo partido.

As nomeações tiveram início na semana passada e o primeiro a ser desalojado foi o subsecretário de Assuntos Parlamentares, Jean Keiji Uema, ligado ao PT, que abriu vaga para o ex-secretário-geral da Câmara, Mozart Vianna, que deixa a aposentadoria e volta à política, para cuidar da relação do Planalto com os parlamentares.

Apesar de não existir mais o cargo oficial de ministro das Relações Institucionais, concedido pela presidente Dilma Rousseff a Temer para que ele gerenciasse a crise política que caracteriza este início de segundo mandato, toda a estrutura da pasta continua em pleno funcionamento e comandada, de fato, por Padilha, considerado o "articulador efetivo" do governo.

Ele tem se reunido com os funcionários da secretaria, procurando tomar pé de toda a estrutura e funcionamento do órgão.

O inusitado é que Padilha havia recusado convite de Dilma, no início do mês, para assumir o ministério, após veto do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Nas indicações para ocupação do espaço, Padilha chegou a barrar escolhas do próprio Temer. O vice-presidente queria nomear o ex-ministro dos Transportes do governo Fernando Henrique Cardoso, e ex-presidente da ECT, o piauiense João Henrique Sousa (PMDB), homem de sua confiança para participar da articulação política. Mas Padilha rejeitou a ideia.

Outra mudança já acertada é que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que já trabalha na Vice-Presidência com Temer, será transferido para a chefia de gabinete da SRI.

As modificações estão sendo feitas aos poucos e, por enquanto, o petista Olavo Noleto, por exemplo, permanece na Subsecretaria de Assuntos Federativos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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