Eduardo Cunha: segundo Cunha, 16 peemedebistas pediram para fazer parte do grupo (Renato Araújo/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2014 às 17h38.
Brasília - Com dois dos escolhidos com histórico de atritos com o governo, o PMDB definiu na tarde desta quarta-feira três dos quatro nomes que apresentará para compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as denúncias de irregularidades na Petrobras.
Além do líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que será titular na CPMI, a legenda designou em reunião os deputados Lucio Vieira Lima (PMDB-BA) e Sandro Mabel (PMDB-GO) também como integrantes.
Cunha ainda não decidiu quem dos dois também será titular, tampouco o quarto nome.
O líder do PMDB na Câmara foi o comandante de uma rebelião aberta contra o Palácio do Planalto no início de 2014 e chegou a impor duras derrotas à administração federal em plenário.
Já Lucio Vieira Lima é irmão do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Geddel Vieira Lima, rompido com a gestão do PT e que deve disputar o governo da Bahia contra o pré-candidato Rui Costa (PT), apoiado pelo governador Jaques Wagner (PT).
De acordo com Cunha, 16 peemedebistas pediram para fazer parte do grupo.
A justificativa para a escolha do deputado do PMDB da Bahia para compor a CPMI é que ele já faz parte de uma comissão externa que investiga acusações de irregularidades na estatal.
Já Mabel não deve disputar um cargo eletivo e, portanto, teria mais tempo para se dedicar ao trabalho na CPMI.
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), agendou para esta quarta a sessão do Legislativo na qual pedirá que os líderes das agremiações indiquem os integrantes para a CPMI.
Pelas regras de proporcionalidade, o PMDB da Câmara terá direito a dois postos titulares no colegiado e dois suplentes.
O líder do PMDB previu que a CPMI deve ser oficialmente instalada em cerca de duas semanas.