Policial Militar: Civaldo Florêncio afirma que a PM pediu auxílio de um órgão que atua fora da corporação, possibilitando o reconhecimento dos militares (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 17h49.
Brasília - A Polícia Militar expediu 12 mandados de prisão dos militares suspeitos de incentivar a Operação Tartaruga, destinada a obter aumento de salário.
Eles foram acusados de fazer incitação ao crime e à desobediência e de publicar mensagens indevidas.
De acordo com o corregedor-geral da PM, Civaldo Florêncio, os militares divulgaram postagens em redes sociais e espalharam e-mails sobre a Operação Tartaruga.
Ele considerou a divulgação inaceitável e disse que as pessoas envolvidas serão responsabilizadas.
“Ao cidadão brasileiro, a postagem é lícita. Mas existe uma legislação específica que rege os policiais militares. Quando eu faço algum tipo de postagem em que eu ofendo a moral, em que eu incito ao crime, faço uma publicação indevida, há que se responsabilizar porque os nossos códigos requerem a responsabilização através da pena”, afirmou.
Segundo a Corregedoria da Polícia Militar, uma ferramenta de tecnologia adquirida em dezembro do ano passado permite que as mensagens postadas na internet, no rádio, ou por torpedo sejam identificadas.
Civaldo Florêncio afirma que a PM pediu auxílio de um órgão que atua fora da corporação, possibilitando o reconhecimento dos militares.
“A partir de agora, nós temos a ferramenta, e temos condição de identificar as pessoas que fizerem a postagem”, acrescentou.
Os crimes praticados pelos militares são citados no Código Disciplinar. A previsão é que eles fiquem presos preventivamente por 30 dias, período que pode ser estendido até o fim do processo.
Os acusados terão direito a ampla defesa. As penas variam de advertência à expulsão e até dois anos de prisão.
Na última terça-feira (18) o governador Agnelo Queiroz assinou reajuste no auxílio-alimentação e no auxílio-moradia para policiais militares e bombeiros.
O acordo entre o comando da Polícia Militar não agradou à Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal.
Para demonstrar insatisfação, a entidade fez um protesto na Esplanada dos Ministérios nessa quinta-feira (19) para pedir reestruturação da carreira e isonomia salarial com outras categorias da segurança pública.