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PM pede desculpa após sargento matar torcedor por "acidente"

Torcedor estava indo para o estádio do Atlético Paranaense quando, segundo a versão da PM, a metralhadora de um sargento disparou "acidentalmente"

Coritiba: inquérito foi instaurado e policial foi afastado das funções por 15 dias (Leonardo Stabile / Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Coritiba: inquérito foi instaurado e policial foi afastado das funções por 15 dias (Leonardo Stabile / Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 14h55.

Curitiba - Comandante do 12.º Batalhão da Polícia Militar em Curitiba, o tenente-coronel Wagner Lúcio dos Santos convocou a imprensa nesta segunda-feira para pedir desculpas à família de Leonardo Brandão, de 18 anos, torcedor do Coritiba, morto por um policial militar antes do clássico contra o Atlético-PR no domingo.

Leonardo estava indo para a Arena da Baixada junto com um grupo de torcedores do Coritiba que era escoltado pela Rotam (Ronda Ostensivas Táticas Móveis). A versão da polícia é que a submetralhadora de um sargento da equipe disparou acidentalmente.

"Primeiramente, quero pedir desculpas a toda a sociedade pelo ocorrido. É uma tragédia que assola também a Polícia Militar. O sargento tem mais de 20 anos de serviço e está muito abalado. Ele tem um histórico limpo na corporação e se consultou com uma psicóloga logo após a tragédia", afirmou o coronel.

Ainda de acordo com o comandante do 12.º BPM, o acidente aconteceu quando o sargento entrou na viatura. "Quando ele foi colocar a bandoleira (alça) de uma submetralhadora 0.40, o cano estava voltado para a janela e ele sentiu o recuo da arma, além da fumaça dentro da viatura. Ao olhar para o lado, visualizou o rapaz caído e percebeu o que havia acontecido." O tiro disparado pelo sargento atingiu o peito de Leonardo.

A versão apresentada pelo sargento, de acordo com o coronel, é a de que ele não apertou o gatilho. "É uma arma de doze anos de uso. Apenas uma perícia vai definir como aconteceu o disparo", afirmou.

Um inquérito foi instaurado e o autor do crime afastado por 15 dias. "Após seu retorno, caso ele esteja em condições, ele ficará restrito ao serviço administrativo", explicou o coronel.

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