Professores da rede municipal de ensino protestam em frente à Câmara Municipal após a retirada forçada de manifestantes do Palácio Pedro Ernesto na noite de ontem (Tânia Rego/ABr)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 19h01.
Rio - Durante o protesto desta segunda-feira, 30, nas imediações da Câmara de Vereadores do Rio, chamou a atenção um equipamento semelhante a um extintor de incêndio, pintado de preto, usado pela Polícia Militar (PM) para lançar gás pimenta contra os manifestantes.
Segundo a PM, trata-se de embalagem maior do que aquela habitualmente usada pelos policiais. O conteúdo, porém, é o mesmo, segundo a corporação. A PM não informou qual a capacidade do frasco pequeno e do equipamento maior. Também não explicou o critério para o uso dos frascos pelos policiais. Limitou-se a divulgar que o aparelho maior já havia sido empregado em outras ocasiões, como no sábado passado, quando professores foram retirados da Câmara por tropas policiais.
O pimenta é um gás lacrimogêneo (composto químico que irrita os olhos e causa lacrimejamento, dor e até cegueira temporária). Seu componente ativo é extraído de sementes de pimenteiras.
Na fabricação do gás, o componente ativo (capsaicina) é misturado com um óleo sintético, para dificultar a remoção do produto. Isso torna inútil que a vítima lave a área atingida com água. A extensão dos efeitos do gás depende da quantidade disparada, mas dura em média 30 minutos, podendo permanecer, com menor intensidade, por horas.