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PM de SP: 53% consideram que agentes usam força excessiva, diz pesquisa

Para 42% dos entrevistados no levantamento Genial/Quaest, os casos de violência policial são isolados e os agentes quase sempre agem dentro da lei

Agência o Globo
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Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 11h35.

Última atualização em 13 de dezembro de 2024 às 11h42.

Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira mostra que 53% dos paulistas consideram que a Polícia Militar do estado faz uso excessivo da força em suas abordagens. A corporação vem sendo alvo de críticas desde que se tornaram públicos episódios de violência policial, como o homem arremessado de uma ponte por um PM e a morte a tiros de um estudante de medicina.

Conforme o mesmo levantamento, 42% avaliam que há casos isolados em que a PM passa dos limites no uso da força, mas os agentes quase sempre agem de acordo com a lei. Outros 5% não sabem ou não responderam.

A violência policial é avaliada de forma distinta conforme o grau de aprovação da gestão do governador Tarcísio de Freitas. Para os que veem o governo de forma positiva, 41% acham que a PM faz uso excessivo da força e 55% entendem que os casos são isolados e a corporação quase sempre age dentro da lei.

Já entre os que têm uma percepção negativa do governo estadual, 76% consideram que os policiais militares passam dos limites no uso da força e apenas 20% acham que os casos são isolados.

Ao todo, 1.650 pessoas foram consultadas pelos pesquisadores entre os dias 4 e 9 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

Os casos de violência, sobretudo envolvendo policiais militares, nos últimos meses, devem resultar em mudanças na condução da política de segurança pública em São Paulo, conforme antecipou a colunista Vera Magalhães. Uma série de medidas deve ser anunciada pelo governador, em uma espécie de intervenção branca na pasta comandada por Guilherme Derrite, alvo de críticas.

Entre as medidas estão a ampliação do uso de câmeras corporais pelos policiais militares. Tarcísio de Freitas já foi contra a utilização do equipamento mas, diante da crise na segurança pública, admitiu que estava errado e mudou de ideia.

Acompanhamento psicológico de policiais, treinamento para o uso de armas não-letais e de atuação em diferentes tipos de abordagem também devem constar entre as medidas a serem anunciadas.

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