Gilberto Carvalho: "todo ano eleitoral é um ano naturalmente tenso, que exige sangue frio e nervos de aço, por causa das tensões. Tudo se potencializa" (Elza Fiuza/ABr)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2014 às 21h06.
Salvador - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse acreditar que "o pior momento" da relação com os partidos da base aliada do governo "já passou", mas previu que a próxima eleição ao governo federal será "a mais dura" desde a que elegeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, e admitiu um "clima de pessimismo geral" da população.
Carvalho atribuiu a tensão entre PT e partidos aliados ao clima pré-eleitoral. "Houve um momento em que pareceu que a crise na base aliada ia ser mais profunda", disse. "Todo ano eleitoral é um ano naturalmente tenso, que exige sangue frio e nervos de aço, por causa das tensões. Tudo se potencializa."
Ele disse acreditar que os problemas sejam menores agora, por causa da consolidação das pré-candidaturas, mas admitiu que o governo vai viver "um momento difícil" pelo menos até o início da Copa do Mundo, daqui a um mês.
"Há um pessimismo geral, um sentimento de 'quero mais' da população, o que é louvável, e sabemos que temos de avançar muito em algumas áreas, como saúde e educação", contou.
"Vamos ter um momento difícil (para o governo), até o início da Copa. A partir daí, acredito que vai melhorar, porque começa a campanha eleitoral para valer e nós vamos poder mostrar diretamente o que foi o nosso governo, o que foi nossa obra nos últimos 12 e nos últimos 4 anos", avaliou o ministro.
"Temos uma avaliação de que nós falhamos na comunicação. Nós não conseguimos passar para a população, por exemplo, todo o alcance, todo o significado da Copa, das oportunidades que ela gera, do salto de qualidade que teremos em áreas como o turismo."
Apesar de esperar uma melhora da percepção da população sobre o governo com a campanha eleitoral, Carvalho diz esperar uma campanha difícil. "Acho que será a eleição mais dura que nós enfrentamos até hoje, não será fácil."