Pimentel: defesa disse que essa peça ainda "mais frágil" que a anterior (Antonio Cruz/ABr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de novembro de 2016 às 18h38.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma segunda denúncia contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), no âmbito da Operação Acrônimo. O ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht também foi denunciado.
A peça relaciona ainda outros quatro acusados, entre eles o empresário Benedito Oliveira, mais conhecido como Bené, que afirmou em delação premiada que a Odebrecht pagou propina a Pimentel.
De acordo com Bené, o governador de Minas Gerais queria os repasses de R$ 20 milhões e R$ 25 milhões, mas a direção da empreiteira só teria autorizado o pagamento de R$ 12 milhões.
A acusação contra o grupo é pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva. Pimentel já é alvo de uma denúncia na operação, que está sob a análise da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG).
Em outubro, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a ALMG teria de autorizar a abertura de uma ação penal contra ele.
Em nota, o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, disse que essa peça ainda "mais frágil" que a anterior por ter como base "exclusivamente" o depoimento de um colaborador, no caso Bené, "não se apoiando em nenhum meio de prova admitido pela Justiça". A assessoria da Odebrecht disse que nem a empresa nem a defesa do empresário comentariam.