Fernando Pimentel: petista foi eleito ainda no primeiro turno o novo governador de Minas Gerais (Manoel Marques/Pimentel 13/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2014 às 19h09.
Belo Horizonte - O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), anunciou nesta terça-feira, em coletiva de imprensa, os membros da equipe que fará a transição com a atual gestão, de Alberto Pinto Coelho (PP).
De acordo com o petista, o advogado Marco Antônio Rezende Teixeira será o coordenador do grupo. Teixeira foi funcionário de carreira da CBTU, diretor jurídico e superintendente da Sudecap no governo Patrus Ananias (PT) e procurador-geral de Belo Horizonte.
Conforme o governador eleito, não haverá mudanças abruptas no início do governo.
"Vamos fazer a transição com cautela e serenidade. O que estiver funcionando bem, vamos manter, aquilo que terá que ser corrigido, vamos corrigir. Não há motivo para pânico em qualquer setor do Estado. Não queremos causar tumulto e rupturas na administração pública", declarou.
Ele reiterou que precisa ter primeiro informações do Estado para pensar em nomes para compor seu secretariado.
No entanto, já circulam nomes como o atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Roberto Carvalho na Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais, entre outros.
A falta de uma informação mais precisa sobre o Estado também foi a justificativa do petista quando questionado se haverá cortes ou aumentos de pessoal e de órgãos.
"Falar em extinguir órgãos ou aumentar ou dividir seria absolutamente leviano neste momento. Não temos nenhum diagnóstico para que possamos avançar nesse assunto", declarou.
Sobre o alto endividamento do Estado e uma eventual falta de recursos para fazer investimentos ou cumprir as promessas de campanha, Pimentel afirmou que "realmente o caixa é curto e que será necessário qualquer entendimento com quem que seja eleito presidente da República".
"A prioridade dessa equipe será fazer um diagnóstico do Estado, o mais acurado possível. Mas nós temos as demandas e compromissos que iremos respeitar", ressaltou, citando a criação de conselhos regionais para criar um modelo de governo regionalizado, amplamente explorado em sua campanha.
"Esse modelo não incide em gastos nem criações de vagas. Será um modelo que nos tornará mais eficientes", declarou.
Estatais
Questionado se há alguma indicação ou mudança nas estatais mineiras, dentre elas a Cemig e Copasa, Pimentel afirmou que novos nomes serão anunciados somente em janeiro.
"Não é o governo quem indica novos nomes, é a assembleia de acionistas e o conselho de administração dessas empresas. Tem um rito legal que demora a ser feito. Não será feito de uma maneira a ocorrer qualquer dano aos acionistas e investidores dessas empresas. Já deixamos isso claro e não há motivo de alarde para estas empresas".
Ainda fazem parte da equipe de transição de Pimentel o médico e ex-secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde do governo Dilma Rousseff (PT) Helvécio Magalhães, que estava na coordenação da campanha do governador eleito; Marco Aurélio Crocco, economista e que coordenou a elaboração do programa de governo de Pimentel; Eduardo de Lima Andrade Ferreira, engenheiro civil; Murilo Valadares, engenheiro civil e ex-secretário de Políticas Urbanas nos governos de Pimentel e Marcio Lacerda (PSB) na prefeitura da capital mineira; Paulo Moura, economista e ex-secretário municipal de governo da gestão de prefeito de Pimentel, e Marco Antônio Castello Branco, ex-presidente da Vallourec e da Usiminas e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemg).
Já do lado da atual administração, do governador Alberto Pinto Coelho (PP), a coordenação da comissão ficará a cargo das titulares das secretarias de Casa Civil e de Relações Institucionais, Maria Coeli Simões Pires, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.
Ambas trabalharam no governo desde o primeiro mandato do presidenciável Aécio Neves (PSDB).
Maria Coeli foi secretária de Desenvolvimento Social e Esportes e secretária adjunta de Desenvolvimento Regional e Política Urbana nos governos de Aécio Neves e presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).
Renata foi secretária adjunta de Planejamento nos dois mandatos de Aécio e assumiu a pasta que está hoje na gestão de Antônio Anastasia (PSDB), em 2010.