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Pilotos e comissários vão parar a partir do dia 22

Os aeronautas decidiram em assembleia fazer paralisações diárias de todas as decolagens entre 6h e 7h, a partir do dia 22


	Aviões em aeroporto: medida é um protesto contra a proposta salarial oferecida pelas empresas aéreas
 (Getty Images)

Aviões em aeroporto: medida é um protesto contra a proposta salarial oferecida pelas empresas aéreas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 19h38.

São Paulo - Os aeronautas, categoria que inclui comandantes, copilotos e comissários de voo, decidiram hoje (14) em assembleia nacional fazer, a partir do dia 22, paralisações diárias de todas as decolagens entre 6h e 7h em todos os aeroportos do país.

A medida é um protesto contra a proposta salarial oferecida pelas empresas aéreas, classificada de “inaceitável” pelos trabalhadores.

“Inicialmente, a paralisação é de uma hora para trazer menos impacto para o público. A categoria está preocupada, além de garantir seus direitos, em manter o atendimento à sociedade”, disse, em nota, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Adriano Castanho.

De acordo com o sindicato, a paralisação será mantida por tempo indeterminado até que haja uma nova proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea).

Os aeronautas reivindicam, entre outras coisas, escalas de trabalho que gerenciem o risco de fadiga dos tripulantes, limitação dos períodos de trabalho nas madrugadas e jornadas menos extensas.

A categoria decidiu ainda reduzir de 9% para 8,5% a reivindicação de reajuste salarial – a demanda inicial era por 11%.

Procurada, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas disse, por meio da assessoria de imprensa, que o processo de negociação ainda não se encerrou, e que haverá nova rodada na próxima sexta-feira (16).

A entidade propõe um reajuste salarial de 6,5%, ante uma inflação de 6,33% em 2014, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

“É importante lembrar que o setor aéreo tem sido afetado por crises mundiais, com volatilidade da cotação do dólar em relação ao real e do preço do barril de petróleo, entre outros fatores alheios à operação aérea. Consequentemente, os resultados financeiros das companhias aéreas têm registrado forte impacto negativo”, argumentou a entidade, em nota.

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