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Piloto era genro de opositor boliviano asilado no Brasil

Quiroga era um ex-oficial da Força Aérea Boliviana (FAB) e era casado com uma das filhas do ex-senador, que se disse arrasado com a notícia

Acidente: "Sempre viveu conosco, era um rapaz brilhante, mais um filho, um amigo", disse Roger Pinto (Reuters/Reuters)

Acidente: "Sempre viveu conosco, era um rapaz brilhante, mais um filho, um amigo", disse Roger Pinto (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 16h38.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 18h48.

La Paz - O capitão Miguel Quiroga, que pilotava o avião que caiu na madrugada desta terça-feira na Colômbia, o que causou a morte de 75 pessoas, entre elas grande parte da delegação da Chapecoense, era genro do ex-senador boliviano Roger Pinto, opositor do presidente de seu país, Evo Morales, e que está asilado no Brasil desde 2013.

Quiroga era um ex-oficial da Força Aérea Boliviana (FAB) e era casado com uma das filhas do ex-senador, que em entrevista à Agência Efe se disse arrasado com a notícia.

"Sempre viveu conosco, era um rapaz brilhante, mais um filho, um amigo", disse Roger Pinto, com a voz embargada, ao falar sobre o marido de sua filha Daniela Pinto, com quem tinha um menino de 13 anos, uma menina de 9 e outra de três meses.

A família do ex-senador vive no Brasil desde que ele saiu da Bolívia em 2013, afirmando que era alvo de perseguição política de parte do presidente Evo Morales por ter denunciado supostos atos de corrupção em seu governo.

O político chegou ao Brasil em agosto de 2013 após ficar um ano e meio refugiado na embaixada brasileira em La Paz e o conseguiu com o apoio de membros dessa legação diplomática, que o ajudaram a cruzar a fronteira.

A operação para que o ex-senador cruzasse a fronteira sem a aprovação do governo boliviano custou o cargo do então chanceler brasileiro, Antonio Patriota.

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