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PGR vai ao STF para se manifestar contra ação do PT que questiona privatização da Sabesp

Paulo Gonet, procurador-geral da República, apontou motivos tecnicos para decisão; contrato de concessão deve ser assinado na próxima segunda-feira

Sabesp: Contrariando expectativa de competição acirrada, fatia de referência atrai apenas um interessado ( Victor Moriyama/Bloomberg/Getty Images)

Sabesp: Contrariando expectativa de competição acirrada, fatia de referência atrai apenas um interessado ( Victor Moriyama/Bloomberg/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 19 de julho de 2024 às 07h09.

Última atualização em 19 de julho de 2024 às 07h12.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra um pedido apresentado pelo PT para que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda a assinatura de um novo contrato de concessão da Prefeitura de São Paulo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que está em processo de privatização.

Na manifestação encaminhada à Corte nesta quinta-feira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, aponta motivos técnicos para opinar pela rejeição da ação ingressada pela legenda – que faz oposição ao atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes.

O partido alega que uma lei estadual e diversos atos do Conselho de Administração da Sabesp e do Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização, que serviram de base para o avanço do processo de privatização, violaram princípios como o da competitividade e da economicidade.

O PT também argumenta na ação ao Supremo que o preço mínimo está sob sigilo e será divulgado somente após a venda das ações.

“Ao não divulgar o valor mínimo e aceitar o preço ofertado afirmando como superior a esse mínimo, o governo estadual favoreceu inequivocamente o único competidor na disputa para ser acionista de referência e comandar a gestão da Sabesp”, afirma a legenda.

De acordo com o procurador-geral da República, porém, o tipo de ação apresentada pelo PT não é a forma adequada "para a apuração de condutas ilícitas, notadamente quando a solução da controvérsia demandar dilação probatória e incursão em análise exauriente de fatos e provas".

"No prazo sumaríssimo de vinte e quatro horas, não se pode afirmar nítida a existência das irregularidades suscitadas, a justificar a concessão da medida cautelar neste momento", apontou Gonet.

O parecer da PGR foi apresentado atendendo a uma determinação do presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Nesta quarta-feira, o ministro abriu prazo de 24 horas para que o governo de São Paulo, a Assembleia Legislativa estadual, o Conselho de Administração da Sabesp e o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização prestassem informações na ação que questiona a privatização da estatal.

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