Profissionais de enfermagem realizaram um ato para lembrar os colegas mortos durante a pandemia (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 5 de maio de 2020 às 13h34.
Última atualização em 5 de maio de 2020 às 13h35.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira que o Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal investigue as agressões contra profissionais de saúde por apoiador do presidente Jair Bolsonaro durante ato silencioso em Brasília na sexta-feira, mostrou documento do órgão.
Os profissionais de enfermagem faziam o ato para lembrar os colegas mortos durante os trabalhos de combate à pandemia de Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, quando foram agredidos por um apoiador do presidente.
No documento enviado ao procurador-chefe da Procuradoria da República no Distrito Federal, Claudio Drewes José de Siqueira, o procurador da República João Paulo Lordelo Guimarães Tavares pede que o caso seja investigado pois os atos podem implicar em crimes como contra a administração pública e contra a Lei de Segurança Nacional.
No pedido, Lordelo afirma que as agressões são dotadas de "inegável gravidade".
"Razão pela qual solicito a Vossa Excelência a distribuição da presente notícia crime para adoção das medidas que o(a) procurador(a) da República natural compreender necessárias", afirmou.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, existem 107.780 casos confirmados de Covid-19 no país e 7.321 pessoas morreram em consequência da doença.