Laboratório deve entregar 200 milhões até o fim do ano. (Agência Brasil/Agência Brasil)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 23 de agosto de 2021 às 10h44.
Última atualização em 23 de agosto de 2021 às 10h47.
A Pfizer começa, nesta terça-feira, 24, uma nova mega operação para enviar ao Brasil aproximadamente 5,3 milhões de doses de vacina contra a covid-19 nos próximos seis dias. Serão cinco voos originários de Miami, nos Estados Unidos, que desembarcam no aeroporto de Viracopos, em Campinas. Cada carregamento traz pouco mais de 1 milhão de doses.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o governo federal já distribuiu aos estados mais de 43 milhões de doses de vacina da Pfizer. Somando com este novo lote, o laboratório vai enviar um total de 53 milhões de doses. Somente no mês de agosto, o Brasil vai receber um total de 25 milhões de doses.
O Ministério da Saúde fechou dois contratos para a compra de vacinas com a Pfizer. O primeiro contempla 100 milhões de doses até o fim de setembro, e o segundo, com mais 100 milhões de doses, com entregas no último trimestre de 2021.
Há um mês, a Pfizer montou um esquema especial de envio de imunizantes, com a meta de entregar, pelo menos, 1 milhão de doses de vacina por dia ao governo brasileiro. Reportagem de EXAME acompanhou o primeiro desembarque, no dia 20 de julho.
Foram necessários apenas 17 minutos para descarregar as caixas térmicas com as doses da aeronave, movimentá-las dentro do terminal de cargas de Viracopos e acondicioná-las no caminhão refrigerado que iria transportar os imunizantes para o centro de logística do Ministério da Saúde.
Na época, Lucila Mouro, diretora de vacinas da Pfizer Brasil, disse que essa operação diária seria o novo modelo que a empresa seguiria até o fim do ano, para cumprir os contratos que tem com o Ministério da Saúde.
A vacina do laboratório Pfizer/BioNTech usa a nova tecnologia chamada de genética do RNA mensageiro. Dentro do imunizante há uma proteína do coronavírus que estimula o corpo a produzir anticorpos e impedir a infecção.
Ela é aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias e tem eficácia global de 95%. No Brasil, o Ministério da Saúde optou por usar com intervalo de três meses, o mesmo usado em outros países, como o Reino Unido.
O governo federal já estuda reduzir o intervalo para garantir mais proteção contra o coronavírus. Em um cenário com a variante Delta, mais transmissível, há uma corrida contra o tempo para garantir uma proteção mais eficaz.
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