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PF vai ouvir ex-assessor de Maia acusado de operar caixa dois

Procurador-geral da República, Augusto Aras, citou pagamentos de "vultosos valores em espécie" a representantes do presidente da Câmara

 (Michel Jesus/Agência Câmara)

(Michel Jesus/Agência Câmara)

AO

Agência O Globo

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 16h26.

Última atualização em 14 de dezembro de 2020 às 16h28.

A Polícia Federal vai tomar o depoimento de um ex-assessor do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de outros emissários acusados, por delatores da empreiteira OAS, de operar o recebimento de recursos via caixa dois em nome do parlamentar. As diligências foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, após pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, que reabriu investigação contra Maia. A PF também vai ouvir ex-diretores da OAS que possam ter informações sobre os supostos pagamentos a Maia.

A reabertura da investigação foi revelada pelo GLOBO no fim de outubro. O inquérito já foi recebido pela PF, e as diligências começam a ser analisadas pelos investigadores. A suspeita é que Maia tenha recebido pagamentos da OAS de ao menos R$ 1 milhão, em 2012 e 2014, em troca da atuação em favor da empreiteira em matérias em tramitação no Congresso Nacional. Em uma manifestação de 29 páginas na qual descreveu as diligências necessárias a serem feitas contra Maia, Aras afirmou que há indícios do pagamento de “vultosos valores em espécie” a representantes de Rodrigo Maia.

“Tais atos envolviam o pagamento de vantagens ilícitas ao citado deputado, feitas não apenas por meio de doações eleitorais oficiais, mas também mediante pagamentos de vultosos valores em espécie a seus prepostos”, escreveu Aras a Fachin.

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