Marielle Franco: vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados há oito meses no Rio de Janeirof (Renan Olaz/CMRJ/Divulgação)
AFP
Publicado em 1 de novembro de 2018 às 17h47.
A Polícia Federal vai investigar a existência de uma organização de "agentes públicos e milicianos" que procura obstruir o esclarecimento do assassinato há oito meses da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, informou nesta quinta-feira, 1, o ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann.
A investigação foi aberta a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, devido a "graves denúncias" feitas por duas testemunhas sobre a existência de uma "organização criminosa que envolve agentes públicos, milicianos, organizações criminosas e a contravenção".
Esse grupo pretende "impedir que se chegue aos mandantes e executores reais do duplo homicídio", afirmou Jungmann em coletiva de imprensa em Brasília.
Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram executados a tiros em 14 de março deste ano, no Estácio, na cidade do Rio de Janeiro. A apuração do assassinato está a cargo da Polícia Civil.
As denúncias foram colhidas nas últimas semanas e Dodge ainda pediu proteção para testemunhas, afirmou Jungmann.