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PF tem mais 15 dias para inquérito de operador do PMDB

Justiça Federal deu mais 15 dias para que a Polícia Federal conclua o inquérito que apura supostos crimes cometidos pelo operador Fernando Antonio Falcão Soares


	Lava Jato: juiz atendeu pedido para que seja dado mais prazo para análise de materiais apreendidos
 (Nacho Doce/Reuters)

Lava Jato: juiz atendeu pedido para que seja dado mais prazo para análise de materiais apreendidos (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 14h56.

São Paulo - A Justiça Federal deu mais 15 dias para que a Polícia Federal conclua o inquérito que apura supostos crimes cometidos pelo operador do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, no esquema de cartel, corrupção e propina na Petrobras, alvo da Operação Lava Jato.

O juiz federal Sérgio Moro atendeu pedido dos investigadores para que seja dado mais prazo para análise dos materiais apreendidos nas buscas realizadas no dia 14 de novembro, quando foi deflagrada a sétima fase da operação, batizada de Juízo Final.

O magistrado argumenta que "apesar das provas de materialidade de crimes e indícios de autoria", que serviram para decretar a prisão cautelar de Soares, é "salutar conceder mais tempo à Polícia Federal para melhor análise do material apreendido".

No dia 14, dois endereços do alvo foram objeto de busca pelos agentes da Lava Jato.

Apesar do prazo dado de 15 dias, Moro ressalta que ao final do período não será concedida nova prorrogação e que seria "desejável que não seja utilizado todo o prazo".

Soares, apontado como um operador da Diretoria Internacional da Petrobras, com ligações com o ex-diretor Nestor Cerveró, teve a prisão decretada no dia 14 mas se entregou à polícia no dia 21.

Os delatores da Toyo Setal, Julio Gerin Camargo e Augusto Ribeiro Mendonça Neto o indicaram como um intermediário de contratos que recebeu até US$ 40 milhões em contas no exterior e em dinheiro em espécie no Brasil.

Seu nome também chegou a ser citado no caso da compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, caso mais emblemático do esquema de irregularidades na Petrobras, que gerou um prejuízo de mais de R$ 700 milhões.

A defesa de Soares afirma que são falsas as acusações contra ele.

O criminalista Mário Oliveira Filho disse que seu cliente é representante de empresas espanholas no Brasil e que nunca foi "operador" de partido algum, ou recebeu propina. Soares está preso cautelarmente na Superintendência da Polícia Federal.

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