Agentes da Polícia Federal durante operação: 85 mandados judiciais da Operação Lava-Jato serão cumpridos nesta sexta-feira (Marcello Casal Jr./ABr)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2014 às 08h42.
São Paulo - A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta-feira, 27 mandados de prisão (preventiva e temporária). Um dos presos, segundo o jornal Folha de S. Paulo, é Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras.
A PF está cumprindo 85 mandados judiciais relacionados à Operação Lava-Jato: 6 de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, 9 de condução coercitiva (quando leva-se a pessoa para prestar depoimento) e 49 de busca e apreensão.
Entre estes últimos, 11 estão sendo cumpridos em grandes construtoras que podem estar envolvidas em esquemas de corrupção investigados pela operação.
Segundo a PF, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. As ordens estão sendo cumpridas nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal.
Esta é a sétima fase da Operação Lava-Jato, que investiga organizações criminosas responsáveis por desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro em grandes quantias.
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
Petrobras
A Petrobras confirmou na noite de ontem o adiamento da divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2014, que era esperada para esta sexta-feira.
Segundo comunicado divulgado pela estatal, o adiamento está relacionado às investigações da Operação Lava-Jato.
"Em decorrência do tempo necessário para se obter maior aprofundamento nas investigações em curso pelos escritórios contratados, proceder aos possíveis ajustes nas demonstrações contábeis com base nas denúncias e investigações relacionadas à 'Operação Lava Jato' e avaliar a necessidade de melhorias nos controles internos, a companhia não está pronta para divulgar as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014 nesta data", diz o texto.
Segundo a Agência Estado, a auditoria PricewaterhouseCoopers decidiu não assinar as informações trimestrais do balanço da Petrobras. Os auditores teriam preferido esperar a conclusão das investigações que a estatal está fazendo sobre as denúncias feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa em depoimento de delação premiada.