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PF prende Bené, apontado como operador do governador de MG

Fernando Pimentel é acusado de receber valores indevidos de empresas com contratos com o BNDES, e Bené teria participado do esquema


	Fernando Pimentel (PT), governador de Minas Gerais: político é acusado de receber valores indevidos quando ocupava o Ministério do Desenvolvimento.
 (Denis Ribeiro/Exame)

Fernando Pimentel (PT), governador de Minas Gerais: político é acusado de receber valores indevidos quando ocupava o Ministério do Desenvolvimento. (Denis Ribeiro/Exame)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 14h25.

Brasília - O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, apontado pela Polícia Federal como operador do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em esquema de corrupção e fraude eleitoral, foi preso nesta sexta-feira, 15.

Ele foi levado para a superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal nesta manhã.

A prisão preventiva se dá no âmbito da Operação Acrônimo, que investiga recebimento de vantagens indevidas pelo governador mineiro quando o petista comandava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A Acrônimo é mantida em segredo de Justiça no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde é relatada pelo ministro Herman Benjamin.

A suspeita é de que Pimentel recebeu valores de empresas que mantinham contratos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), instituição subordinada à pasta. Bené é investigado por participação no esquema com suposta prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

A PF suspeita que o governador de Minas recebeu "vantagens indevidas" de Bené, ligado ao PT, e de empresas que obtiveram empréstimos do BNDES.

Os investigadores também apuram indícios de que recursos obtidos de forma ilícita foram realocados para a produção de material gráfico para a campanha do petista ao governo de Minas em 2014.

Os serviços foram prestados pela Gráfica Brasil, empresa que pertence à família de Bené, não teriam sido declarados.

A publicitária Danielle Fonteles, sócia da agência Pepper Comunicação Interativa, que prestava serviços ao PT, confirmou em depoimentos prestados a investigadores da Operação que Bené atuava como uma espécie de "provedor" da primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, conforme relato de fonte com acesso ao caso.

Procurado pela reportagem, o advogado de Bené disse que não se pronunciaria antes de conhecer as motivações da prisão.

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