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PF prende 19 pessoas acusadas de extração ilegal de ouro

De acordo com a PF em Cuiabá (MT), foram apreendidas armas e quantidades de ouro com os suspeitos


	Ouro: “O ouro extraído das áreas indígenas e dos garimpos ilegais, era adquirido por empresas distribuidoras de Títulos de Valores Mobiliários", disse a PF
 (David Paul Morris/AFP)

Ouro: “O ouro extraído das áreas indígenas e dos garimpos ilegais, era adquirido por empresas distribuidoras de Títulos de Valores Mobiliários", disse a PF (David Paul Morris/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 17h34.

São Paulo – A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (6), até as 16h30, 19 pessoas acusadas de participar de uma organização criminosa de extração ilegal de ouro e que comercializava o produto no Sistema Financeiro Nacional. De acordo com a PF em Cuiabá (MT), foram apreendidas armas e quantidades de ouro com os suspeitos.

Chamada de Operação Eldorado, os policiais federais pretendem cumprir 28 mandados de prisão temporária, oito mandados de condução coercitiva – em que o acusado é obrigado a prestar depoimento – e 64 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal em Mato Grosso, a serem cumpridos no Pará, em Mato Grosso, Rondônia, no Amazonas, em São Paulo, no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. 

As investigações, coordenadas pela Superintendência Regional da PF em Mato Grosso, iniciadas em fevereiro, indicam que a organização criminosa cometeu crimes ambientais, como exploração ilegal de recursos minerais, destruição de áreas de preservação permanente e poluição, além de delitos contra a ordem econômica (usurpação de bens da União) e contra o Sistema Financeiro Nacional, como lavagem de dinheiro.

“O ouro extraído das áreas indígenas e dos garimpos ilegais, era adquirido por empresas distribuidoras de Títulos de Valores Mobiliários e, após dissimular a origem, era vendido como ativo financeiro para investidores em São Paulo”, diz, em nota, a PF. Em dez meses de investigação, a polícia conseguiu constatar que uma das empresas distribuidoras, das três envolvidas no esquema, movimentou mais de R$ 150 milhões.

Participam da operação cerca de 380 policiais, além de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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