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PF realiza busca e apreensão contra prefeito de Sorocaba por suspeita de desvio de recursos da saúde

Os agentes cumprem mandado na casa do prefeito, na cidade do interior de São Paulo

Manga: prefeito é alvo de busca e apreensão (Divulgação/Rodrigo Manga)

Manga: prefeito é alvo de busca e apreensão (Divulgação/Rodrigo Manga)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 10 de abril de 2025 às 07h47.

Última atualização em 10 de abril de 2025 às 10h25.

A Polícia Federal (PF) deflagra nesta quinta-feira, 10, uma operação que tem como um dos alvos o prefeito da cidade de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos). A informação foi divulgada pela CNN Brasil e confirmada pela EXAME.

Os agentes cumprem mandado de busca e apreensão na casa do prefeito, na cidade do interior de São Paulo.

Batizada de Copia e Cola, a investigação tem  objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa que realiza desvios de recursos públicos destinados à saúde na cidade.

Manga ganhou visibilidade nacional após viralizar com vídeos curtos nas redes sociais sobre projetos e entregas de sua gestão. Na última semana, o prefeito anunciou a pré-candidatura à presidência da República em 2026, caso o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos) dispute a reeleição.

O que a PF investiga sobre o prefeito de Sorocaba

Segundo a PF, a investigação teve início em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde no município de Sorocaba.

Os investigadores identificaram também atos de lavagem de dinheiro, por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.

Mais de 100 policiais federais cumprem 28 mandados de busca e apreensão nas cidades de Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos, Socorro, Santa Cruz do Rio Pardo e Osasco, todas no estado de São Paulo, além de um mandado de busca e apreensão na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia.

Também foi determinado o sequestro de bens e valores em um total de até R$ 20 milhões e a proibição da Organização Social (OS) investigada de contratar com o poder público.

A PF afirma que os investigados poderão responder, de acordo com suas condutas individualizadas, pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), peculato, contratação direta ilegal e frustração de licitação.

Posicionamento de Manga sobre operação da PF

Em nota, a prefeitura afirma que "não é a primeira vez na história que vemos 'forças ocultas' se levantarem contra representantes que se projetam como uma alternativa ao sistema e dão voz ao povo". O posicionamento afirma que a investigação acontece em um momento de "grande projeção da cidade e do nome do prefeito Rodrigo Manga no cenário nacional, inclusive pontuando com destaque em pesquisas para governador do Estado de São Paulo e presidente do Brasil".

O município diz que havendo "plena colaboração com as autoridades, para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos, o mais breve possível".

Além da nota, o prefeito publicou um vídeo nas redes sociais reforçando que a operação é um "ataque político. Manga disse que vai "intensificar" a sua pré-candidatura e que "não tem medo do presidente Lula" e de nenhuma outra autoridade.

Veja a nota na íntegra

A investigação da Polícia Federal envolvendo uma OS (Organização Social) acontece em 13 cidades, tais como São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, entre outras, sendo Sorocaba uma delas. Nesse sentido, está havendo plena colaboração com as autoridades, para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos, o mais breve possível.

Vale destacar que a operação acontece em um momento de grande projeção da cidade e do nome do prefeito Rodrigo Manga no cenário nacional, inclusive pontuando com destaque em pesquisas para governador do Estado de São Paulo e presidente do Brasil. Não é a primeira vez na história que vemos "forças ocultas" se levantarem contra representantes que se projetam como uma alternativa ao sistema e dão voz ao povo.

Recentemente, por exemplo, Rodrigo Manga entrou em embates contra o aumento de impostos de alimentos básicos, combustíveis e remédios, bem como a criação de novos pedágios.

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