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PF mira grupo que lucrou R$ 3 bi em contrabando

Polícia Federal realiza operação contra grupo de contrabando que atuava no Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais

Contrabando: grupo levava mercadoria roubada do Paraguai até pistas de pouso clandestinas em São Paulo (ThinkStock)

Contrabando: grupo levava mercadoria roubada do Paraguai até pistas de pouso clandestinas em São Paulo (ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 10h20.

São Paulo - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 16, a Operação Celeno, contra um grupo que teria movimentado anualmente cerca de R$ 3 bilhões em mercadorias contrabandeadas. Segundo a PF, o grupo é grande e atuou em diversos Estados.

Cerca de 360 Policiais Federais estão cumprindo 138 mandados judiciais, sendo 28 mandados de prisão preventiva, 15 de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 77 de busca e apreensão, nos estados do Paraná, de São Paulo, do Espírito Santo e de Minas Gerais.

De acordo com a PF, as investigações começaram em 2013 e 'detectaram quatro grupos criminosos que, quase que diariamente, conduziam suas aeronaves de Salto Del Guairá, no Paraguai, até pistas clandestinas no interior do estado de São Paulo'.

"As mercadorias eram então retiradas dos aviões e escoadas para entrepostos de armazenamento, de onde eram transportadas por caminhões e veículos até os destinatários finais", aponta nota da PF.

Durante as apurações, a Federal informou que constatou-se que pelo menos doze aeronaves eram utilizadas pelo grupo, 'realizando até mesmo dois voos diários, conforme as condições de clima e luminosidade'.

Cada aeronave levava cerca de 600 quilos de mercadorias, num valor estimado de 500 mil dólares por frete ilícito, segundo a PF.

"As células criminosas, responsáveis pelos fretes aéreos, eram contratadas por agenciadores baseados em Foz do Iguaçu/PR e no Paraguai. Além disso, um dos grupos comercializava as mercadorias em empresas próprias, estabelecidas em Ribeirão Preto/SP e São Paulo/SP", informa nota.

Ao longo da investigação foram apreendidas quatro aeronaves, sendo uma delas um monomotor, alvejado pela Força Aérea Brasileira - FAB, em outubro de 2015, quando tentava retornar ao Paraguai carregado de mercadorias.

O nome da Operação remete à mitologia grega na qual Celeno é uma harpia, um monstro mitológico. O nome ainda tem o significado "obscuro" ou "escuridão".

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