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PF investiga fraudes em institutos de previdência em São Paulo

A PF recebeu a informação de que os administradores de uma corretora de valores haviam adquirido diretamente (o que é proibido) debêntures

PF: policiais federais cumprem nove mandados de busca e apreensão (Sergio Moraes/Reuters)

PF: policiais federais cumprem nove mandados de busca e apreensão (Sergio Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de julho de 2017 às 14h23.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta manhã (6) a operação Papel Fantasma para apurar crimes contra o sistema financeiro nacional envolvendo a aquisição de papéis sem lastro por fundos de investimentos cujos principais cotistas são institutos de previdência municipais.

Policiais federais cumprem nove mandados de busca e apreensão expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

O inquérito policial foi instaurado em janeiro deste ano após a PF receber a informação de que os administradores de uma corretora de valores haviam adquirido diretamente (o que é proibido) títulos conhecidos como debêntures, emitidos por uma empresa fantasma com patrimônio incompatível com os títulos que emitiu (sem lastro, ou seja, sem garantia).

Os diretores dessa empresa eram os sócios da corretora de valores.

As investigações já identificaram seis fundos que investiram nesses papéis. Os principais cotistas desses fundos eram institutos de previdência municipais.

Os prejuízos causados pelas fraudes, nesse caso, serão arcados pelos cotistas dos fundos, afetando o patrimônio dos institutos de previdência e, consequentemente, prejudicando os benefícios dos servidores municipais, como aposentadorias e pensões.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de gestão fraudulenta e negociação de títulos sem lastro, com penas de 2 a 12 anos de prisão.

Os detalhes serão informados hoje pela PF na Superintendência Regional da entidade em São Paulo, às 14h30 em entrevista coletiva.

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