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PF indicia 43 da seita "Jesus, a Verdade que Marca"

O grupo agia no sul de Minas Gerais e, entre outros crimes, responde a denúncias de fraude, lavagem de dinheiro e trabalho escravo


	Carro da Polícia Federal: o grupo agia no sul de Minas Gerais e, entre outros crimes, responde a denúncias de fraude, lavagem de dinheiro e trabalho escravo
 (Sergio Moraes/ Reuters)

Carro da Polícia Federal: o grupo agia no sul de Minas Gerais e, entre outros crimes, responde a denúncias de fraude, lavagem de dinheiro e trabalho escravo (Sergio Moraes/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 12h31.

Franca - Após investigação que durou quase cinco anos, a Polícia Federal de Varginha, em Minas Gerais, indiciou 43 pessoas ligadas à seita "Comunidade Evangélica Jesus, a Verdade que Marca".

O grupo agia no sul de Minas Gerais e, entre outros crimes, responde a denúncias de fraude, lavagem de dinheiro e trabalho escravo.

Seis dos envolvidos foram presos em agosto do ano passado durante a Operação De Volta para Canaã.

Contas bancárias do grupo e bens avaliados em R$ 100 milhões foram bloqueados. Alguns dos citados são líderes da seita, outros teriam sido usados como "laranjas" e há pessoas que foram acusadas por terem se beneficiado no esquema.

O delegado João Carlos Girotto diz que a cúpula do grupo responderá por todos os crimes e os demais, de acordo com a participação individual. Foram apreendidos pela polícia mais de cem carros e confiscados 15 imóveis.

Os bens também serão usados para pagar direitos trabalhistas de fiéis que atuavam em fazendas sem registro em carteira e em condições de trabalho escravo.

Segundo a investigação, essas pessoas eram recrutadas em uma igreja na capital paulista e convencidas a ir morar e trabalhar em fazendas em Minas, doando tudo o que tinham para a seita.

Trâmite

O inquérito foi encaminhado pela Polícia Federal nesta semana ao Ministério Público Federal de Belo Horizonte, que decidirá sobre a denúncia a ser enviada à Justiça.

Os líderes chegaram a ficar presos, mas hoje aguardam em liberdade.

Os advogados de defesa negam a culpa de seus clientes. Alegam ainda que não foram notificados sobre o inquérito e, por isso, não vão comentar as denúncias.

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