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PF faz operação para prender quadrilha por desvio de R$ 3 bi

Batizada de Operação Porto Victoria a ação da PF envolve pelo menos 130 agentes do órgão no cumprimento de 11 mandados de prisão


	Dinheiro: quadrilha teria desviado, ao longo de três anos, em torno de R$ 3 bilhões
 (Getty Images)

Dinheiro: quadrilha teria desviado, ao longo de três anos, em torno de R$ 3 bilhões (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 10h21.

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (11) operação para conter a ação de uma quadrilha internacional que teria desviado, ao longo de três anos, em torno de R$ 3 bilhões em evasão de divisas e lavagem de dinheiro em vários países, incluindo o Reino Unido, a Venezuela, os Estados Unidos, o Brasil e Japão.

Batizada de Operação Porto Victoria a ação da PF envolve pelo menos 130 agentes do órgão no cumprimento de 11 mandados de prisão, dois mandados de condução coercitiva e 30 mandados de busca e apreensão em seis cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

A ação foi desencadeada no início da manhã, na capital, além dos municípios paulistas de Araras, Indaiatuba e Santa Bárbara do Oeste, além de Curitiba e  no município de Resende, no Rio.

Os crimes foram descobertos a partir de investigação iniciada no ano passado, quando a Agência Norte Americana de Imigração e Alfândega (ICE) solicitou que fossem apurados fatos envolvendo um brasileiro na organização criminosa.

A PF identificou, entre outros esquemas, que a quadrilha tinha se especializado na retirada ilegal de divisas da Venezuela por meio de importações fictícias.

Essas importações eram feitas por empresas brasileiras criadas especialmente para a movimentação financeira e, por meio delas, os produtos brasileiros eram superfaturados em até 5.000%, informou a PF.

Com isso, as pessoas envolvidas justificavam a de remessa dos valores da Venezuela para o Brasil. Na sequência, simulavam empréstimos e importações para mandar os recursos para Hong Kong e de lá o dinheiro era distribuído para contas em várias partes do mundo.

As operações fraudulentas contaram com o apoio de operadores do sistema financeiro e de corretoras de valores Arquivo/Agência Brasil

Ainda por meio de falsas importações por empresas brasileiras, a quadrilha enviava dólares ao exterior.

A Polícia Federal explicou que, para isso, contavam com a conivência de operadores do sistema financeiro e corretoras de valores.

A PF informou ainda que entre os crimes está o esquema conhecido como “dólar cabo”, executado no Brasil e no exterior, à margem do sistema oficial de remessa de divisas.

Os acusados estão sujeitos às penalidades pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e organização criminosa.

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