Polícia Federal: investigados na operação responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional (foto/Wikimedia Commons)
Agência Brasil
Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 11h13.
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (8), com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e o Ministério Público Federal (MPF), a Operação Cardiopatas, para combater fraudes previdenciárias nos municípios de Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Italva e Casimiro de Abreu, no norte fluminense.
Participam da operação 120 policiais federais e dois analistas de inteligência previdenciária, que cumprem 12 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária, 15 de busca e apreensão e 20 de condução coercitiva.
As ações coordenadas pela delegacia da PF em Campos dos Goytacazes apuram suspeitas de corrupção de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre os investigados estão técnicos do seguro social, médicos peritos, médicos particulares, agenciadores de benefícios e pessoas que integravam a organização criminosa.
Durante as investigações foram identificadas fraudes em 34 benefícios por incapacidade, como auxílios-doença e aposentadoria por invalidez. Pelos cálculos feitos, o prejuízo à Previdência Social é superior a R$ 4 milhões.
Conforme a PF, os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional.
A operação tem o nome de Cardiopatas, porque a maioria dos beneficiários cooptados pela organização criminosa é suspeita de simular a ocorrência de miocardiopatia dilatada.