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Fachin intima Renan e Eduardo Braga a depor em investigação da Lava Jato

A operação apura supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo Grupo J&F a senadores do MDB para as eleições de 2014

Edson Fachin: ações começaram nas primeiras horas desta manhã (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Edson Fachin: ações começaram nas primeiras horas desta manhã (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de novembro de 2019 às 08h52.

Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 10h58.

Brasília — A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira (5), uma série de mandados de busca e apreensão, além de medidas de sequestro de bens, em investigação em curso junto ao Supremo Tribunal Federal.

Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) foram intimados para prestar depoimento no âmbito da investigação.

A ação é um desdobramento do inquérito 4707, que apura supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo Grupo J&F a senadores do MDB para as eleições de 2014. A informação partiu da delação de Ricardo Saud, que serviu como base para a instauração do inquérito.

Além de Renan e Eduardo, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) e ministro Vital do Rêgo Filho, do Tribunal de Contas da União (TCU), também estão entre os investigados do inquérito 470.

Em junho, o delegado Bernardo Guidali Amaral, que assina as intimações enviadas aos senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga, pediu a Fachin que prorrogasse o prazo do inquérito.

Segundo o advogado Luiz Henrique Machado, Renan Calheiros recebeu a intimação em Maceió, mas não há cumprimento de mandados judiciais em endereços ligados ao parlamentar.

A defesa de Eduardo Braga também indicou que não são realizadas buscas em endereços ligados ao senador. Em nota, o parlamentar informou ainda que já entrou em contato com a Justiça para 'ajustar' a data de sua oitiva.

As ações começaram nas primeiras horas desta manhã. O STF tem competência sobre apurações envolvendo investigados com foro privilegiado.

As ordens foram expedidas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte. Em nota, a PF informou que, por ordem de Fachin, não divulgará as ações.

Com a palavra, a defesa de Eduardo Braga:

"O senador Eduardo Braga recebeu esta manhã uma solicitação do Delegado Bernardo Amaral para prestar esclarecimentos no inquérito 4707 (STF). Já estabeleceu contato para ajustar a data. O senador sempre se colocou à disposição para colaborar com qualquer investigação. A cobertura midiática de hoje, talvez por sensacionalismo, talvez por desinformação, menciona fato que simplesmente não existiu, na medida em que nenhuma medida de busca e apreensão foi realizada na residência ou em qualquer outro endereço do senador Eduardo Braga."

Com a palavra, a defesa do senador Renan Calheiros:

"Senador Renan não foi alvo de operação. Não há busca e apreensão, como também não há qualquer determinação a ser cumprida nas dependências do Congresso. Entregaram uma simples intimação para prestar esclarecimentos. Nada mais que isso".

Com a palavra, o ministro Vital do Rêgo Filho:

A reportagem busca contato com a defesa do ministro.

Com a palavra, o senador Jader Barbalho:

A reportagem busca contato com a defesa do senador.c

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