Desmatamento: dano ambiental causado pela organização ultrapassa R$ 500 mi, em estimativa (Ricado Lima/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2014 às 15h49.
Belém - A Polícia Federal faz nesta quarta-feira, 27, a Operação Castanheira, para desarticular uma organização criminosa especializada em grilagem de terras e crimes ambientais na cidade de Novo Progresso, região sudoeste do Pará.
Os envolvidos nas ações criminosas são considerados os maiores desmatadores da Floresta Amazônica brasileira.
O dano ambiental causado por eles, estimado em perícias, ultrapassa R$ 500 milhões, informa o site da PF nesta quarta-feira, 27.
Estão sendo cumpridos 40 mandados judiciais: 22 mandados de busca e apreensão; 11 mandados de prisão preventiva; 3 mandados de prisão temporária; e 4 mandados de condução coercitiva.
Além de Novo Progresso/PA, diligências estão sendo realizadas também em cidades de São Paulo, Paraná e Mato Grosso.
A operação é resultado de uma investigação conjunta da Polícia Federal, do IBAMA, da Receita Federal e do Ministério Público Federal. 96 policiais federais e 19 servidores do Ibama participam da ação.
Investigações apontaram que a quadrilha agia invadindo terras públicas (dentre elas, a Floresta Nacional do Jamanxim) e realizava desmatamentos e queimadas para formação de pastos.
Posteriormente a área degradada era loteada e revendida a produtores e agropecuaristas, diz a PF.
Os envolvidos serão indiciados pelos crimes de invasão de terras públicas, de furto, de crimes ambientais, de falsificação de documentos, de formação de quadrilha, de sonegação fiscal e de lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem ultrapassar os 50 anos de reclusão aos condenados.