Maia: o parlamentar teria defendido interesses da empreiteira no Congresso, entre 2013 e 2014 (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 22h19.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2019 às 14h28.
Reportagem publicada em 8 de fevereiro de 2017
A Polícia Federal concluiu investigação sobre o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Operação Lava Jato e apontou indícios de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro.
A informação foi revelada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e confirmada pelo jornal o Estado de S. Paulo.
A investigação da PF teve origem em mensagens de celular entre Maia e o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.
Segundo o inquérito da PF, em troca de propina de R$ 1 milhão, o parlamentar teria defendido interesses da empreiteira no Congresso, entre 2013 e 2014, como apresentar uma emenda à uma Medida Provisória que definia regras para a aviação regional, em benefício da construtora.
O Jornal Nacional informou que Rodrigo Maia pediu à empreiteira doações eleitorais no valor de R$ 1 milhão em 2014. O dinheiro teria sido repassado oficialmente à campanha de César Maia, pai do presidente da Câmara.
Os investigadores suspeitam que a estratégia foi usada para ocultar a origem da propina da empreiteira. A PF sustenta que há 'fortes indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro' por parte de Maia.
À reportagem do Jornal Nacional, Maia afirmou que "nunca recebeu vantagem indevida para votar qualquer matéria na Câmara".
Segundo ele, "ao longo dos cinco mandatos como deputado federal, sempre votou de acordo com orientação da bancada ou com a própria consciência".