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PF deflagra Sururugate contra fraudes na Assembleia de Alagoas

Operação apura fraudes na folha de pagamentos da Assembleia Legislativa de Alagoas

Polícia Federal: nome da operação faz referência ao sururu, um molusco típico do Nordeste usado em refeições (José Cruz/Agência Brasil)

Polícia Federal: nome da operação faz referência ao sururu, um molusco típico do Nordeste usado em refeições (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de março de 2017 às 10h59.

São Paulo - A Polícia Federal cumpre na manhã nesta quinta-feira, 30, mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa de Alagoas (AL) para apurar fraudes na folha de pagamentos do Legislativo estadual.

Chamada de Operação Sururugate, a investigação é realizada em parceria com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e aponta que, dentre as irregularidades, havia desde mortos até beneficiários do programa Bolsa Família recebendo salários da Assembleia.

Ao todo, cerca de 80 pessoas, entre auditores da CGU e policiais federais participam da operação. Segundo a CGU, levantamentos apontaram que os pagamentos realizados pela Assembleia a indivíduos cadastrados em programas sociais do governo federal, incluindo o Bolsa Família, somente entre 2010 e 2013, ultrapassaram o montante de R$ 15 milhões.

A fiscalização identificou um conjunto de falhas na folha de pagamento da Casa que ia desde a subdeclaração de informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS); acumulação ilegal de cargos e empregos públicos; percepção de benefícios sociais, previdenciários e da reforma agrária em desacordo com a lei; e pagamentos a servidores após registro de óbito no Sistema de Controle de Óbitos (SISOB).

Os envolvidos no esquema podem responder pelos crimes de participação em organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

O nome da operação faz referência ao sururu, um molusco típico do Nordeste usado em refeições.

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