Seca: segundo a PF, o nome da operação Itaretama significa "região de pedras" (Tomas Castelazo/Wikimedia)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 15h05.
São Paulo - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 27, em Natal, a Operação Itaretama para desarticular uma associação criminosa que fraudava licitações em prefeituras do interior do Rio Grande do Norte e na Companhia de Águas e Esgotos do Estado (CAERN) e direcionava obras promovidas pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), além de desviar recursos públicos.
A investigação da PF teve início no primeiro semestre de 2014 e revelou que servidores do DNOCS mantinham "estreito relacionamento" com empresários do setor de engenharia, fazendo com que contratações tenham sido direcionadas e licitações indevidamente dispensadas ou fraudadas.
Segundo a PF, as suspeitas recaem principalmente sobre as obras de construção de açude no Assentamento 3 de agosto (Pau de Leite), da adutora de Jucuri, em Mossoró, e na adutora de engate rápido de Jucurutu, ambas situadas na região Oeste do Estado.
A PF informou que "há indícios de que as obras não foram devidamente fiscalizadas durante sua execução, com prejuízo ao erário".
Em nota, a Superintendência Regional da PF no Rio Grande do Norte destacou que também "há fortes suspeitas de corrupção ativa e passiva".
Paralelamente, parte do grupo investigado estaria combinando propostas de licitações em prefeituras do interior do estado e na Companhia de Águas e Esgotos do Estado.
Cerca de 30 policiais federais saíram às ruas logo cedo nesta terça-feira para cumprir sete mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, o nome da operação Itaretama significa "região de pedras" e, no passado, foi a denominação do município de Lajes/RN, local onde foi construída a primeira das obras sob suspeita.