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PF deflagra operação contra desvio de dinheiro público

Segundo a PF, o dinheiro desviado deveria ser usado nas áreas de saúde, educação e desenvolvimento social, em ações como a construção de uma creche


	Polícia Federal: de acordo com a CGU, o esquema começou a ser investigado em outubro deste ano
 (Wikimedia Commons)

Polícia Federal: de acordo com a CGU, o esquema começou a ser investigado em outubro deste ano (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 15h23.

Brasília - A Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã de hoje (21) uma operação para desarticular um esquema de desvio de recursos federais destinados a programas assistenciais e ações da prefeitura de Leopoldo de Bulhões (GO), a 54 quilômetros de Goiânia, capital do estado.

Segundo a PF, o dinheiro desviado deveria ser usado nas áreas de saúde, educação e desenvolvimento social, em ações como a construção de uma creche e na compra de um veículo para o transporte de estudantes. O valor desviado nos últimos dois anos pode chegar a R$ 1,9 milhão.

Denominada Fundo Falso, a operação resultou no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão. Em Leopoldo Bulhões, os policiais federais e servidores da CGU fizeram buscas na sede da prefeitura, na casa do prefeito, Raimundo Nonato Rodrigues (PSDB) e em um escritório de contabilidade. Além disso, também foram feitas buscas nas casas que dois sócios do escritório de contabilidade têm em Goiânia.

De acordo com a CGU, o esquema começou a ser investigado em outubro deste ano, após a cidade ser selecionada para ser um dos 60 municípios objeto de fiscalização especial sobre a aplicação de recursos federais. Além disso, moradores denunciaram inúmeras irregularidades e problemas, como o atraso de mais de cinco meses no pagamento dos salários de servidores e professores; escolas fechadas e a precariedade do atendimento nos postos de saúde.

Durante a auditoria da CGU, foram detectados extratos bancários adulterados relativos à prestação de contas e irregularidades na execução do convênio para a construção da creche e na aquisição do veículo escolar.

A Agência Brasil tentou ouvir algum representante da prefeitura ou o próprio prefeito, mas ninguém atendeu às chamadas para o único número de telefone que consta no site da prefeitura.

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