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PF deflagra duas operações no Rio contra fraudes de R$ 26 milhões no INSS

Os agentes miram uma organização que contava com a participação de um servidor para produção de documentos falsos para obter benefícios previdenciários

INSS: Ao todo, 300 policiais federais cumprem nove mandados de prisão e dezenas de mandados de busca e apreensão (Rodrigo Clemente/VEJA)

INSS: Ao todo, 300 policiais federais cumprem nove mandados de prisão e dezenas de mandados de busca e apreensão (Rodrigo Clemente/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2018 às 10h30.

Rio - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 26, duas operações no Estado do Rio de Janeiro contra fraudes em mais de 140 benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O prejuízo aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 26 milhões.

Ao todo, 300 policiais federais cumprem nove mandados de prisão e dezenas de mandados de busca e apreensão em diferentes municípios, com apoio de 12 servidores da Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP/INSS).

Na primeira operação, batizada de Sepulcro Caiado, a força-tarefa mira uma organização criminosa que contava com a participação de um servidor do INSS para a produção e utilização de documentos falsos para obter benefícios previdenciários.

Outros dois servidores do INSS, um deles já demitido por corrupção, também participavam das fraudes. Mais de 80 benefícios são suspeitos, com prejuízo estimado de R$ 14 milhões à autarquia previdenciária.

Os agentes cumprem três mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São João de Meriti, Paracambi, Sepetiba, Niterói, São Gonçalo, Cabo Frio e Araruama. Os mandados foram expedidos pela 10º Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Na segunda ação, chamada de Operação Anjos, os policiais atuam contra uma quadrilha especializada em fraudar pensões da Previdência Social pelo menos desde 2015.

Os criminosos criavam casamentos entre pessoas já falecidas, gerando beneficiários fictícios para receberem as pensões do INSS, autorizadas sempre no valor máximo. Advogados, falsificadores e empresários estão entre os integrantes da quadrilha. O prejuízo estimado ao INSS é de R$ 12 milhões.

O líder da quadrilha, um advogado, é ex-servidor do INSS, já demitido da autarquia por corrupção, mas que continuou atuando em diversas fraudes, inclusive representando pessoas fictícias (fantasmas) em ações previdenciárias na Justiça.

Os agentes cumprem seis mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio, Nilópolis, Mesquita e Nova Iguaçu. Os mandados foram expedidos pela 6º Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Em nota, a PF informou que as operações foram deflagradas em conjunto em razão do compartilhamento de provas entre elas. A Força Tarefa Previdenciária no Rio de Janeiro é integrada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP/INSS).

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