Polícia Federal: membros do governo são suspeitos de esquema de propina sobre obras do metrô do Rio (Getty Images/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de março de 2017 às 07h43.
Última atualização em 14 de março de 2017 às 09h18.
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 14, um novo desdobramento da Operação Lava Jato no Rio. Os alvos da operação são Heitor Lopes de Sousa Junior e Luiz Carlos Velloso. A ação mira em pagamento de propina sobre contratos da linha 4 do Metrô.
Segundo o site do Governo do Rio, Luiz Carlos Velloso é, atualmente, subsecretário de Transporte do Estado. Já Heitor Lopes de Sousa Junior é diretor de Engenharia da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro, a Riotrilhos.
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) foi preso em 17 de novembro do ano passado na Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio.
Na ocasião, o peemedebista foi alvo de dois mandados de prisão, um da 13ª Vara Federal de Curitiba e outro da 7ª Vara Federal do Rio.
A força-tarefa da Lava Jato, no Rio, na época, investigava corrupção na contratação de diversas obras conduzidas no governo do peemedebista, entre elas, a reforma do Maracanã para receber a Copa do Mundo de futebol de 2014, o PAC Favelas e o Arco Metropolitano, financiadas ou custeadas com recursos federais.
A investigação da força-tarefa do Ministério Público Federal, no Paraná, apurou pagamento de vantagens indevidas a Sérgio Cabral, em decorrência do contrato celebrado entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras, sobre as obras de terraplenagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Deste novembro do ano passado, Sérgio Cabral foi alvo de seis denúncias: cinco do Ministério Público do Rio e uma da Procuradoria da República, no Paraná.