Também será ouvido Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez (REUTERS/Francio de Holanda)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2015 às 15h46.
Brasília - Os presos na 14ª fase da Operação Lava Jato começarão a prestar depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal na tarde de hoje (22).
As oitivas serão realizadas em Curitiba, onde se concentram os processos da Lava Jato na primeira instância.
Os executivos das construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez, detidos na última sexta-feira (19), estão na carceragem da PF na capital paranaense.
De acordo com a Polícia Federal no Paraná, primeiramente, serão ouvidos os detidos em prisão temporária, cujo prazo da detenção é cinco dias.
São eles: Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, diretor da Odebrecht; Antônio Pedro Campelo de Souza, ex-diretor da Andrade Gutierrez; Flávio Lúcio Magalhães, também ligado à Andrade Gutierrez; e a consultora Christina Maria da Silva Jorge.
Finalizada a fase de depoimentos dos detidos em prisão temporária, serão ouvidos os presos de forma preventiva: Marcelo Odebrecht, presidente da Organização Odebrecht; João Antônio Bernardi, ex-diretor da construtora; e Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo, executivos da Odebrecht.
Também será ouvido Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez.
No último sábado (20), os presos na 14ª fase da Operação Lava Jato passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba.
Segundo a PF, eles deixaram a carceragem da instituição por volta das 9h30 e foram conduzidos em comboio até o IML para passar pelo exame.
Eles chegaram por volta das 10h ao instituto. Ao todo, há 12 presos nessa nova fase da Operação Lava Jato.
A 14ª fase da operação, denominada Erga Omnes, expressão latina no meio jurídico para indicar que os efeitos da lei atingem a todos os indivíduos, é uma referência ao fato de as investigações alcançarem, mais de um ano depois de deflagrada a primeira fase da operação, as duas maiores empreiteiras do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez.