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Pezão recebeu R$ 900 mil de esquema, diz delator

Delator disse ter ouvido que subsecretário de Comunicação usou R$ 900 mil para pagar despesas pessoais de Pezão

Pezão: dinheiro teria sido entregue por empresas da área de alimentação (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Pezão: dinheiro teria sido entregue por empresas da área de alimentação (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2017 às 10h44.

Rio - Em delação premiada, o advogado Jonas Lopes Neto disse ter ouvido o subsecretário estadual de Comunicação do Rio, Marcelo Santos Amorim, afirmar que usou R$ 900 mil arrecadados em esquema de corrupção para pagar despesas pessoais do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). A informação foi divulgada nesta segunda-feira, dia 3, pela TV Globo.

Segundo a emissora, o dinheiro foi entregue por empresas da área de alimentação que mantinham contratos com o Estado.

Lopes Neto é filho do conselheiro e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) Jonas Lopes de Carvalho Júnior. Em delação firmada em 2016, um ex-executivo da empreiteira Odebrecht acusou Carvalho Júnior de integrar esquema de corrupção.

Em dezembro, o conselheiro foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal. Ele e o filho passaram então a negociar as delações, que fundamentaram a operação O Quinto do Ouro.

Segundo Carvalho Filho, Pezão sabia da situação e participou de pelo menos duas reuniões para debater o esquema. Já o filho afirmou na delação que em certa ocasião "Marcelinho (como é conhecido o subsecretário de Comunicação), além dos R$ 150 mil recolhidos na (empresa de alimentação) Milano, apresentou ao colaborador uma anotação indicando que teria arrecadado quase R$ 900 mil junto às demais empresas (do setor), mas teria utilizado a quantia para pagamento de despesas do governador Pezão".

Em nota, Pezão nega que tenha recebido valores ilícitos. O governo informou que "o subsecretário de Comunicação já prestou esclarecimentos à PF".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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