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Pezão quer que estudantes da Uerj trabalhem para o Rio no futuro

O governador questionou se um aluno que estudou em universidade pública não pode retornar seu trabalho para o estado do Rio de

Uerj: Pezão descartou a ideia de privatizar ou acabar com as universidades públicas (Divulgação/Facebook/UERJ/Divulgação)

Uerj: Pezão descartou a ideia de privatizar ou acabar com as universidades públicas (Divulgação/Facebook/UERJ/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 17h45.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse hoje (6) que vai propor que os alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) trabalhem em instituições do estado, por dois anos, como contrapartida pelos anos estudados gratuitamente na universidade.

"Uma pessoa que estudou quatro, cinco anos em uma universidade pública, será que ela não pode, depois, por dois anos, retornar seu trabalho para dentro do estado?", propôs, durante a apresentação do acordo de recuperação fiscal com o governo federal, no Palácio Guanabara, ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

"Um administrador, um economista, pode vir e ajudar a pagar o que a sociedade transferiu para ele, com políticas de cotas, dando um ensino de qualidade. Precisamos evoluir, abrir parcerias", defendeu Pezão.

O governador descartou a ideia de privatizar ou acabar com as universidades públicas.

"Ninguém vai privatizar a Uerj. Foi uma recomendação, não quer dizer que seguiremos. E isso, se nada der certo. Claro que temos que racionalizar isso. Uma pessoa que estuda anos na faculdade pode dar retorno para o estado no futuro. Um médico pode trabalhar em uma UPA [Unidade de Pronto Atendimento], em um hospital", disse, acrescentando que ainda é preciso estudar a forma como essa contrapartida por parte dos estudantes será feita.

Pezão admitiu possibilidade de vender terrenos que pertencem à Uerj para ajudar a financiar e manter a instituição.

De acordo com o ministro Henrique Meirelles, a sugestão do governo federal de privatizar universidades estaduais foi feita somente caso os ajustes já propostos de corte de custos não sejam suficientes para sanar as dívidas do governo do Rio.

"Os técnicos sugeriram que, havendo a possibilidade de que uma ou outra medida não surta o efeito esperado ou desejado, já existe uma série de outras que poderão ser estudadas, mas que não são medidas aprovadas", disse.

"Em nenhum momento se fala em privatização do ensino superior do Rio de Janeiro, mas eventualmente estudar como tornar isso mais eficiente".

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