Brasil

Pezão nega problemas em contas e diz que recorrerá ao TSE

Pezão afirmou que irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ)

Pezão: "tudo foi devidamente declarado na minha campanha" (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Pezão: "tudo foi devidamente declarado na minha campanha" (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 11h27.

São Paulo - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), defendeu na manhã desta quinta-feira, 9, em entrevista à Rádio Estadão, sua gestão e as contas de sua campanha e de seu vice, Francisco Dornelles (PP).

Pezão afirmou que irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) que cassou seus mandatos por abuso de poder econômico e político, em razão de irregularidades na prestação de contas de campanha.

O governador disse que nunca teve problemas com a Justiça e está à disposição para prestar todos os esclarecimentos. Também afirmou que cumpriu a lei na campanha eleitoral, pois ela permitia a doação de empresas.

"Tudo foi devidamente declarado na minha campanha", reiterou.

Crise

O peemedebista disse que a grave crise financeira que atinge o Rio de Janeiro é a mesma que afeta outras unidades da Federação.

"Tenho falado com os 27 governadores, alguns foram salvos pela lei de repatriação, se não fosse a repatriação, muitos não teriam se salvado", afirmou, destacando que está "lutando muito" e depende da ajuda do governo federal.

De acordo com o governador, o Estado perdeu 1/3 de sua arrecadação com a crise da Petrobras.

A respeito da ameaça de greve da polícia do Rio, a exemplo do que ocorre no Espírito Santo, Pezão afirmou que concedeu aumento à categoria em 2014 e que foi paga uma das seis parcelas do aumento na quarta-feira, 8.

"Há diversos Estados parcelando salário dos servidores, nós estamos pagando primeiro as áreas de segurança pública e educação", explicou.

Pezão disse também à Rádio Estadão que o Tribunal de Contas do Estado aprovou os editais de obras realizadas por sua gestão e que a própria Polícia Federal realizou investigações que foram posteriormente arquivadas.

Ao falar sobre a crise que atinge o Maracanã, Pezão destacou que as obras do estádio foram concessionadas e ele não pode simplesmente "tirar a empresa na canetada" porque isso iria provocar uma crise jurídica e de confiança.

Operação Calicute

Indagado sobre sua relação com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso e indiciado por suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa em desdobramento da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato, o governador do Rio disse que apesar de serem muito amigos, nunca participou da vida pessoal do correligionário.

"Não sou eu quem vai julgar Cabral", disse, reiterando que essa é uma função da Justiça.

Acompanhe tudo sobre:Estado do RioGovernadoresTSE

Mais de Brasil

Eduardo Leite deixa aliados de sobreaviso sobre saída do PSDB e indica que pode se filiar ao PSD

Anvisa torna obrigatória retenção da receita para a venda de Ozempic

Veja como vai funcionar novo programa de perícias do INSS para diminuir fila

Relator da maior aposta de Lula, Lira diz que seria 'honraria' ocupar cargo de vice de Bolsonaro