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Pezão minimiza apoio de Lula a Lindbergh em campanha

Lula disse que a candidatura do senador ao governo fluminense é "irreversível", "está consolidada", que o petista vai crescer e pode ganhar


	Cerimônia de posse de Luiz Fernando Pezão: governador declarou que considera "natural" a defesa de Lula, mas sugeriu que mudanças ainda poderiam acontecer até junho
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Cerimônia de posse de Luiz Fernando Pezão: governador declarou que considera "natural" a defesa de Lula, mas sugeriu que mudanças ainda poderiam acontecer até junho (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 20h57.

Brasília - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), tentou minimizar as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista concedida em São Paulo, Lula disse que a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ao governo fluminense é "irreversível", "está consolidada", que o petista vai crescer e pode ganhar. Pezão, que concorre à reeleição, declarou que considera "natural" a defesa de Lula, mas sugeriu que mudanças ainda poderiam acontecer até junho, julho, quando as convenções serão realizadas. Para o governador, no entanto, o povo só vai focar nas eleições depois que o Brasil vencer a Copa do Mundo.

Pezão esteve hoje em Brasília, em reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Ao final, em entrevista, assegurou que não conversou com ela sobre a eleição no Rio. Pezão disse estar "tranquilo", apesar da predileção de Lula, argumentando que tem muito a mostrar e que o atual momento é de trabalhar.

Após reiterar que muitas conversas com partidos no Rio de Janeiro ainda serão realizadas até o meio do ano, o governador avisou que "dificilmente outro candidato vai ter outra coligação do nosso porte". E emendou: "eu estou muito tranquilo, nós temos governo. Estou preocupado primeiro em governar. Terminar um ano fiscal exige muito trabalho e dedicação. Esses próximos oito meses e 20 dias tenho de me dedicar ao trabalho. A maioria dos partidos vai estar na nossa coligação. É continuar a trabalhar, continuar a entregar porque o povo não está ligado em eleição. O povo vai se ligar em eleição depois da Copa do Mundo".

O governador do Rio salientou que a presidente Dilma Rousseff prometeu comparecer a várias inaugurações que os dois têm para fazer no Estado e até convidou Lindbergh Farias para participar das cerimônias. "Se o senador Lindbergh quiser participar das inaugurações que vamos fazer, estamos abertos. Ele tem feito um grande trabalho no Senado, tem defendido o Estado do Rio de Janeiro. Nós apoiamos ele e ajudamos a elegê-lo com muita tranquilidade, sabendo do bom trabalho que ele ia fazer aqui. Eu tenho o melhor relacionamento com o senador Lindbergh", afirmou.

Questionado se ficou "decepcionado" com a posição do ex-presidente Lula em defesa de Lindbergh, Pezão descartou constrangimento. "De maneira nenhuma. Eu tenho um carinho imenso pelo presidente Lula. É um grande amigo. Meu relacionamento com o presidente Lula e com a presidenta Dilma é acima das questões partidárias. Somos amigos. Eu tenho uma amiga na Presidência da República e tive um amigo na Presidência da República. As questões partidárias nós vamos discutir na hora certa. Mesmo o presidente Lula, se tiver outro candidato, nada atrapalha a nossa amizade", afirmou. Indagado se não temia que Lula fosse para um palanque e Dilma para outro, Pezão insistiu que estava "tranquilo" e reforçou que o momento é de trabalhar.

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