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Pezão diz que cortes não afetarão política de segurança

O corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento do governo do Rio de Janeiro não atingirá políticas de segurança já implementadas, segundo o governador


	Luiz Fernando Pezão: Pezão também demostrou preocupação com as fronteiras do Rio
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Luiz Fernando Pezão: Pezão também demostrou preocupação com as fronteiras do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 20h58.

O corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento do governo do Estado do Rio de Janeiro não atingirá políticas de segurança já implementadas nem a formação de novos policiais, conforme afirmou hoje (30) o governador Luiz Fernando Pezão.

Ele visitou o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), em Sulacap, na zona oeste do Rio, onde participou da cerimônia de formatura de 400 policiais militares.

Pezão também demostrou preocupação com as fronteiras do Rio, informando que intensificará a fiscalização nas estradas e na Baía de Guanabara, de modo a evitar que o armamento irregular chegue até às mãos de criminosos.

De acordo com o governador, além de formar novos policiais, é preciso um trabalho de prevenção, antes dos armamentos e drogas chegarem aos criminosos. Ele prometeu parceria com a Marinha e Polícia Rodoviária Federal, com ações de patrulhamento entre os estados, com início previsto para fevereiro.

"Estamos formando hoje mais 398 policiais e em fevereiro serão mais 400. Já contratamos 13,8 mil policiais. Agora, temos de cercar as fronteiras. Ontem (29), apreenderam seis fuzis russos. Isto chega pelas estradas, pela Baía de Guanabara. Se não intensificarmos o combate, acabamos enxugando gelo", disse.

Conforme Pezão, outro problema enfrentado pelo governo do Rio de Janeiro é a presença de menores no tráfico de drogas. Segundo ele, a polícia já efetuou mais de 4,6 mil prisões e reforçará cada vez mais o combate ao crime. O govenador também prometeu avanços nas ações das polícias Civil e Militar e no combate à sonegação.

"Em janeiro, prendemos mais de oito caminhões de combustível clandestino, que irriga o tráfico e a milícia. Estamos tomando diversas medidas para combater o crime organizado e o que o mantém", salientou.

Nos último dias, ocorreram confrontos no Complexo da Maré, ocupada pelo Exército, e ontem (30) dois homens morreram. Segundo a polícia, eles eram traficantes locais. O governo já anunciou para abril deste ano a criação de uma UPP na região.

Pezão informou que o governo investe na formação e treinamento de policiais militares que atuarão na Maré. "Estamos substituindo o Exército e já entramos com 130 soldados. Nosso trato com as Forças Armadas é que todo mês colocaremos mais soldados até ocuparmos totalmente em junho. Os soldados que estão sendo formados serão deslocar cada vez mais para Maré. Vamos combater como combatemos em todas as comunidades".

Segundo o coordenador de Comunicação Social da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, a polícia trabalha na Maré desde o ano passado e já definiu a área de polícia pacificadora que cuidará da região. "Há cerca de seis meses estamos fazendo a transição. Está pronto o planejamento com definição de efetivo e de base, de modo que, provavelmente a partir de abril, comecemos a assumir, a exemplo do que ocorreu no Complexo do Alemão. O Exército vai saindo e a Polícia Militar entrando", adiantou.

Além da Maré, outras comunidades da zona norte do Rio receberão UPPs, como o Morro do Juramento, que é disputado por traficantes de facções rivais, e o Complexo do Chapadão. No último sábado (24), a polícia apreendeu 11 fuzis no Morro do Juramento.

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